segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Aquela Redação Infantil- Parte II

Cheguei inteiro no Bairro Castelo Branco, Rua Bandeirantes, nº 1298.
Lá uma idosa, augusta e sorridente senhora me esperava sentada numa cadeira na soleira. Mal me ajudou a por a mochila para dentro de casa, já foi me puxando as orelhas:
-Cabra sem-vergonha!!! Por que tu não me avisou que ia demorar tanto?
Minha avó materna está com 68 anos. Forte, bonita e guerreira.
Ela Mora com um neto, o Gatão primo Cleyton. Esse é outro batalhador. De segunda a sábado, ele trabalha de 07 da manhã às 06 da tarde no Armazém Paraíba, uma espécie de Casas Bahia daqui do nordeste. Em época de férias escolares, ele chega a ficar na ralação até a meia-noite. Tudo isso pelo indecente soldo de R$ 400,00. Mas esse lida toda não tira o fôlego do rapaz. Só pelo tempo que fiquei em Caxias eu contei três namoradas fixas. É impressionante a maneira como ele dispôs geográficamente os affair's de modo a elas não se encontrarem. Mais impressionante ainda é o fato de ele conseguir tempo pra todas elas.
O clima em Caxias é bem mais aceitável do que o de Teresina. Meu tio Zé brincou dizendo que:
-"Quando o cabôco morre e tem que ir pro inferno, antes ele faz um estágio em Teresina".
Tio Zé é uma figura singular. Com ele tive a certeza que a indecência pode ter um fator genético. Perto dele me sentia praticamente um sacerdote. Era muita patifaria pra um bigode só. Seis anos depois foi muito bom rever essa parte da família. Mesmo com a ponta de tristeza que dava ver minha bizavó que não me reconhecia mais e com a minha avó paterna que, aos 88 anos, passou o tempo todo em que fiquei com ela me perguntando quantos filhos eu tinha e, quando eu dizia que não tinha filhos e nem era casado, ela me perguntava de volta se isso era por eu ser muito sovina.
Embora a temperatura tenha diminuido bastante, os banhos se tornaram um ritual. Antes de qualquer atividade era necessário passar pelo chuveiro.
Vai tomar café? Banho. Vai almoçar? Banho. Vai "merendar" (caralho! Eu ouvi muito esse termo!)? Primeiro vai pro chuveiro. Vai na mercearia da esquina? Tome um banho. Vai f...? Já sabe...
A princípio eu estranhei muito que todo mundo me conhecesse e eu não conhecesse ninguém. Cheguei a me sentir mal por não responder as pessoas pelo nome e por elas saberem até onde ficam as minhas marcas de nascença. Por outro lado isso também teve um viés positivo. Virar atração turística me rendeu até MSN de filha de fazendeiro.
No mais, posso dizer que é uma cidade lindíssima e com muita coisa pra se fazer e conhecer, cheia de casarões, igrejas centenárias e monumentos históricos. Rica natural e culturalmente.
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Agora estou em São Luís. Voltei a ficar sem ar. Dessa vez não por causa do calor, já que está até fazendo um ventinho gostoso. A falta de ar foi por que eu acabei de ver o mar e conhecer o centro histórico.

Continua...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Aquela Redação Infantil-Parte I

-Comandante: Estamos chegando em Teresina. É importante lembrar que lá não há horário de verão e que a temperatura ambiente é 35°.
-Eu: Puta que Pariu!!! 35°???!!!! Já que esse vôo é pro inferno, pelo menos eu vou poder bater um papo com o Saddam, com o Mao e com o ACM...

Na verdade o inferno havia começado quatro horas antes. Foi exatamente esse o tempo de atraso do vôo. A Decolagem estava prevista para as 11:45 e só saiu às 16:00. Mas isso teve um lado positivo: a OceanAir pagou o almoço no restaurante do aeroporto e eu enchi o rabo com risoto e com um bifinho metido a besta.
Depois de duas horas de viagem, aterriso no aeroporto de Teresina. Um paraíba zomba da demora do piloto em parar o avião:

-Puxa o freio de mão, abestado!

Assim que passei pela porta do avião, senti o bafo quente no meu corpo. Podia ter sido pior. Se eu tivesse chegado 01:50 da tarde, como estava previsto, eu teria sido assado instantâneamente. Obrigado Deus pela tua Providência!
O pai, a prima e a irmã do Cú de Galinha estavam no aeroporto me esperando e, quem diria, a irmã do Cú de Galinha era uma gatinha!!!
O pai, Seu Eduardo, também foi muito simpático assim como toda a família. A prima era um poço de gentileza e paciência. Me levou para conhecer a cidade e pra jantar comida japonesa. Devido ao calor, o peixe não estava necessáriamente cru.
A prima também ficou de choffer quando Sua Excelência Cú de Galinha chegou e me levou pra tomar cachaça junto com uma turma de amigos dele.
Eram três horas da manhã quando fui pra cama. Meu quarto especialmente decorado pela Mila, irmã do Cú de Galinha, com ursinhos de pelúcia (um deles idêntico ao que dei de presente de amigo secreto pra tigresa) tinha um ventilador de teto, um ar-condicionado e duas janelas. Acreditem! Isso foi de extrema importância para que meu sangue (e o álcool que estava misturado a ele) não tivesse evaporado.
No dia seguinte, acordei e fui tomar café-da-manhã. Logo em seguida, parti para um agradável bate papo (real) com uma das tias do Cú de Galinha. (Só pra constar, tomei três banhos entre o café e o almoço). O Cú de Galinha não tinha dormido em casa. Chegou por volta das 11 da manhã botando os bofes pra fora. Eu, a paciente prima Lidi e um outro amigo demos um banho de mangueira nele na porta da casa. Ele teve muita sorte de eu não estar num dia sádico. Por que se estivesse, eu teria um vídeo muito mais engraçado que este pra mostrar.
Estava na hora de ir para o meu segundo destino. Oito banhos depois e meu corpo já estava se acostumando ao forno.
O Cú de Galinha me providenciou uma carona pra Caxias-MA. UM FILHO DA PUTA DE UM AMIGO DELE CRUZOU UMA DISTÂNCIA DE 70 KM EM MEIA HORA A UMA VELOCIDADE MÉDIA DE 120 KM/H (Mínima 80 km/h, Máxima 160 km/h).

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Continua... (assim espero)

sábado, 22 de dezembro de 2007

C'est Fini

Um resumo da Maratona


Terça-Feira (18/12/2007). Confraternização do Pro-Social.



Quarta-Feira (19/12/2007). Festa do TRF.


Quinta-Feira (20/12/2007). Confrades e a Drunkenpsychologie!
(Que infelizmente (tá certo Fidel?) não foi tão Drunken assim...)




Sexta-Feira. (21/12/2007). Five o' Clock Tea.

Pode parecer mas eu não transformei o Confraria num Fotolog. Meu estomago e rins estão inteiros, apesar de todo o álcool que tiveram que processar. Hoje ainda têm um bota fora pra mim que estou de partida para o exílio. Depois eu atualizo e ponho uma foto da última prova. Daqui a uns quinze dias.

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Agora sim, o post.
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UMA PARÁBOLA: Meu lugar se chama Limbo.

Eu vivo num mundo singular.
Singular não por que seja tão incomum. Singular por que suas fronteiras não são bem definidas. A geografia do meu mundo permite aproximar cidades separadas (no mundo oficial) por milhares de quilômetros, sendo possível percorrer a distancia entre elas em poucos minutos. Então, permitam-me dizer minha exata (e eu estou sendo generoso usando a palavra "exata") localização nesse mundo: Eu vivo em algum lugar entre Cabul e Paris.
Eu nasci numa cidade que chamarei de Buenos Aires, por que ela não é Cabul e também não chega a ser Paris. Vivi durante algum tempo em minha cidade natal, mas não o suficiente para considerá-la minha. Depois de algumas mudanças e imigrações cheguei a Cabul. Foi lá que cresci e aprendi a sobreviver. Isso é a primeira coisa que se deve aprender quando se chega a Cabul. Nada de pontos turísticos, restaurantes ou pousadas. Cabul é interessante por isso. O que lhe falta em cultura e diversão lhe sobra em relações humanas de sobrevivência.
Não se assustem, mas venhamos e convenhamos: O que é o homem? Para os donos da razão, que ditam a consciência comum, o homem nada mais é que um primata com sorte que aprendeu a usar o polegar opositor. Se isso é verdade, então Cabul é uma espécie de centro evolutivo, pela sua capacidade de estabelecer sistemas de seleção natural.
Na minha adolescência eu me sentia assim. Um exemplar do topo da cadeia evolutiva de Cabul. Isso por que eu tinha aprendido a estabelecer importantes vínculos com outros sobreviventes que beiravam a simbiose e com uma vantagem: eu tinha vislumbres de Paris.
Sim, Paris.
Lá está a civilização. Lá estão os bons costumes. Lá está o belo.
Lá, no esplendido e asséptico Domo de Vidro.
Minha família sempre teve contato com os parisienses. Embora nunca tenham se tornado autênticos franco-cidadãos, meus pais sofreram alguma influência de seus valores. Brinco que quando me olharam pela primeira vez, já deviam ter me imaginado fazendo biquinho pra falar.
Por isso resolveram me educar para ser o que eles imaginaram ser um francês. Não sem muito sacrifício o fizeram. E eu não fui um aluno muito disciplinado. Entendi que eram importantes as metas que eles desenharam para o meu futuro. Mas eu tive que aprender a conciliar o sonho de meus pais com a realidade em que eu estava situado. Eu não podia esquecer que estava em Cabul.
Passados os anos de minha primeira juventude eu me encontro agora no processo de transição. No instante atual, não estou nem lá nem cá. Estou entre civilizados e bárbaros. Hoje tenho amigos de Cabul e amigos de Paris.
Os amigos de Cabul são humildes (não todos), afáveis (não todos), sinceros (não todos) e expansivos (todos). Alguns são como se fossem da minha família e alguns agem como se fossem. Lembro que, quando eu passava mais tempo em Cabul, não era incomum acordar aos domingos com pelo menos três deles já na minha casa. Uma cena assim ficou na minha memória. Lembro de acordar xingando por que um deles pulou na minha cama me dando uma cotovelada (amistosa, mas ainda assim uma cotovelada), outro ligando a televisão pra ver a Fórmula1 enquanto um outro procurava alguma coisa na dispensa pra comer. E quando minha mãe chegou, foram os três cumprimentá-la e ajudá-la a levar as compras pra cozinha. Eu lembro disso rindo e com uma sensação de nostalgia por que hoje só tenho contato com um desses amigos e, mesmo assim, são raras às vezes em que o vejo.
Os amigos de Cabul, em geral, possuem senso de valor muito forte. São fiéis e, não raro, religiosíssimos. A fé realmente possui uma importância muito grande nesse lugar. Mesmo os marginais fazem o sinal da cruz pedindo proteção antes de cometerem seus delitos.
O que acontece é que hoje parece que venho me alimentando de lembranças quando me refiro à essas pessoas. Os de Cabul tem se afastado e na maior parte das vezes só nos reunimos em festas de casamentos, como se a cada encontro finalizássemos uma amizade e selássemos em nossos relacionamentos a alcunha de apenas conhecidos.
Eu sinto essa mudança quando percebo que uma conversa que antes não tinha virgulas hoje torna-se um silencio constrangedor.
No entanto, outro horizonte me acerca.
Num movimento contrário ao que acontece a muitos dos amigos de Cabul, certos conhecidos de Paris têm se tornado amigos de Paris.

É verdade. Falta a descrição dos de Paris.

Em Paris as pessoas transpiram cultura e inteligência. Ainda que em verdade muitas delas não possuam nem uma nem outra. O importante para elas é a aparência. Aparência física e social. Elas geralmente não possuem um padrão de conduta bem definido. Soa contraditório, mas se há um padrão então o padrão é ser diferente.
A artificialidade é o tom de Paris. Às vezes até a comida tem gosto de isopor. Parece que quando falo assim, estou sendo cruel e generalista. Mas peço que não me entendam mal. É claro que há em Paris aqueles que são autênticos. E são desses que tenho me aproximado. E são esses que tenho chamado de amigos de Paris. Estes me aceitaram desde o primeiro momento em que me viram. Preferiram não saber de onde eu era e nem saber se eu era vacinado (talvez eles ainda prefiram não saber nem conhecer o lugar de onde eu vim. Penso que alguns deles não têm anticorpos o suficiente para sobreviverem a uma visita a Cabul).
Enfim. A situação é esta. No momento me sinto como o Tom Hanks em O Terminal (a não ser pelo fato de que não tenho uma Catherine Zeta-Jones me dando mole). Mas no meio de toda essa confusão, as palavras ditas por um amigo (que não é nem de Cabul nem de Paris), num momento meu de crise me dão uma orientação:
-“Garoto, não importa o rumo que você tome. Você só precisa lembrar de que parte do caminho pra onde você está indo é saber de onde você vem”.

Hammurabi.

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Momento Merchandising:

Entrou na roubada do amigo secreto e não sabe o que vai dar (ui!) de presente? Visite o Portal da ConfrariaCorp & Business e tenha a certeza de que nunca mais te chamarão pra outro sorteio da brincadeira de fim de ano.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Comunidade - orkut




http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=43900554

Entrem.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Desencana"

Como se fosse fácil assim.
É como se houvesse um botão de "liga e desliga" e pronto, realizado. E num passe de mágicas sumisse todos os meus aborrecimentos e tristezas, mas não é. Quem seria eu, caso eu desencanasse?!
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O que seria de mim sem as noites vividas, insones, revirando na cama. O sono amaldiçoado que não vinha, e só viria depois das 5 da manhã, quando eu não precisava mais dele. Essas noites vividas, que os problemas se tornaram grandes demais pra mim e soluçando não via uma solução.
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O medo diário casado com o conformismo, só cresceria de fato quando o travesseiro não era conforto o suficiente. E é durante a noite que os pequenos medos se potencializam e eu entendo porque o escuro é tão associado ao mal e a luz ao bem.
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É aí que recorro à luz da cabeceira, que irá confortar minha alma. E talvez, voltará a me fazer dormir.
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Esse é o meu botão on/off.
Esse é o meu modo de dizer que já chega.
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Mas um olho continua sempre aberto, mesmo nos sonos mais profundos.
É você, consciência.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

ConfrariaCorp®

Eu não sei quantos de vocês repararam, mas ao lado esquerdo dos posts agora tem um blogroll nomeado como Pilantropia com dois links de utilidade pública. Um deles é pro Informativos, um blog mantido pelo Fidel que tem a finalidade de publicar avisos úteis que recebemos por e-mail. O segundo é o ConfrariaCorp®, que será um site auxiliar do Confraria dos Bravos e vai ter como missão "vender" artigos produzidos ou aprovados pela Confraria. Os primeiros produtos já estão expostos. A segunda remessa está no forno e vai sair muito em breve. Por hora, visitem o ConfrariaCorp®, que promete ser a empresa mais tosca e sacana da blogosfera.

Atenciosamente,

Hammurabi.

Site da ConfrariaCorp®

sábado, 8 de dezembro de 2007

Ainda o filme "Tropa de Elite"

«nós estamos vivendo numa época diabólica, onde tudo está separado de tudo. Ninguém está unido a nada. Tudo está separado de tudo. Uma época de atomização. Cada um vive cheio de si, cheio de si – o que significa um oco completo.»
Eudoro de Sousa

Tropa de Elite. Direção: José Padilha. Produção: José Padilha e Marcos Prado. Roteiro: Rodrigo Pimentel, Bráulio Mantovani e José Padilha. Intérpretes: Wagner Moura; Caio Junqueira; André Ramiro e outros. [Rio de Janeiro: Universal Pictures do Brasil / The Weinstein Company]. 2007. 1 DVD (118 min), son., color.

Um filme de ficção. Retrata-se a vida cotidiana de um grupo de policiais. De um lado, há a ala que se submete à corrupção; de outro, há o BOPE - Batalhão de Operações Policiais Especiais – cujo lema é ‘purificar’ o comando policial e as mazelas sociais.
Dois policiais recém chegados a um batalhão que transpira corrupção não admitem e não se envolvem em atitudes desonestas. Ao tomarem contato com o BOPE despendem grandes esforços para serem membros e tornarem-se ‘purificadores’ e exemplos de boa conduta.
O esquadrão que os recebe para treiná-los tem como comandante o Capitão Nascimento. Esse é o líder que não aceita erros; suas ações são de extrema cautela e pontuais; transparece autodomínio e força persuasiva; é àquele que corrige os erros dos “financiadores do tráfico” – classe média –, dos policiais corruptos, dos usuários de drogas, dos traficantes, enfim, da “corja maldita”.
O Capitão Nascimento está prestes a deixar o comando, sendo assim, quer recrutar um substituto com a devida qualificação. Logo nota que os dois novatos, ‘Neto’ e ‘André Matias’, têm características que se enquadram para ocupar o seu cargo. Então, cria-se um dilema, qual dos dois pode vir a ser o futuro capitão? Eles demonstram habilidades diferentes e complementares. A estratégia de Nascimento é observar como cada um se sai na execução das operações do BOPE. As cenas compõem-se basicamente das sucessivas atuações ‘purificadoras’ do batalhão comandado pelo Capitão Nascimento.
A riqueza e profundidade do filme estão em mostrar vários conflitos sociais. Como combater a violência, os desvios de conduta, o aliciamento de jovens? Ou melhor, como prevenir a violência, a corrupção, o tráfico? A tropa de elite, dirigida pelo Capitão Nascimento, opta por combater a violência pela própria violência – torturas, assassinatos, intimidação, abuso de autoridade. Nascimento assume papel de herói, quando na verdade não é senão um policial violento, desmedido, assassino, e, ao contrário do que parece, bastante emotivo.
De resto, o filme ‘Tropa de Elite’ questiona a nossa posição diante daquilo que julgamos ser problema dos Outros. A pobreza, a falta de estrutura urbana, a falta de assistência médica, a ignorância, a descaracterização humana, a inacessibilidade política contribuem demasiadamente para uma sociedade primitiva, brutal. Qual o papel de cada um na composição social? Requerer “segurança” a custo de tamanha violência? ‘Tropa de Elite’ não é ficção, contrariamente ao que afirmamos no início. ‘Tropa de Elite’ é a vida transposta para a tela do cinema. Quem quer continuar a vivenciar essa vida?


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Por favor! SALVEM A PROFESSORINHA

Este caso, inusitado, foi algo que chamou muito minha atenção nesta semana. O Rabugento-valente-já-deitado há algumas semanas me disse que "esses norte-americanos são burros mesmo", enquanto esplanava sobre um espisódio de um programa americano qualquer que eles espulsaram uma ninfomaníaca gostosa. Leiam a matéria do link, reflitam bastante, e depois respondam as seguintes perguntas (as mulheres do blog, se quiserem, fiquem à vontade):



1ª Norte-americano é muito burro mesmo ou é impressão minha?
2ª Como nossas vidas seriam diferentes se isso tivesse acontecido conosco?
3° Puta que pariu? Por que isso não aconteceu comigo?

P.S.: Fidel, tá liberado das duas últimas.

Up Date

Pois é.

Férias pros Confrades alunos do IESB!

Pro Davi, que deve passar o natal fazendo prova da Wânia e pro Bertunes, que eu não tenho a menor idéia de quando vai sair de férias: Coragem!
Por hora, fica esse template branco até o Fidel me dar uma mãozinha com algo melhor que com certeza ele consegue fazer com um desses programas que eu não sei pronunciar a graça.
(Ele prometeu um século atrás criar um logotipo ou um brasão pro Confraria mas até hoje ele só arruma tempo pra colocar a cabeça dele no corpo do Jack Bauer)
Eu gostei da idéia da Kaká e pus esse cabeçalho tosco feito no Paint. Como bem disse ela, nós não fechamos o porta-voz das nossas sandices durante esse recesso. Só que, como diria o Lobinho, é provável que os textos transpirem a alegria de nosso estado de ócio e vagabundagem malemolente.
Além disso, depois do dia 20, as atualizações que eu fizer serão depois das farras em Bragança-PA ou Caxias-MA e naturalmente eu provavelmente estarei embriagado. Portanto, não reparem nem estranhem se as minhas idéias estiverem mais sem nexo que o normal.

No mais, aquele abraço!!!!

Hammurabi, apaixonado por férias como todo brasileiro.

FÉRIASSSS

Tá! Não estou fechando o blog, mas achei a imagem interessante, só para salientar a idéia de que estamos de FÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIAAAASSSSS!!!!!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

matéria interessante - Ato II


Britânica de 24 anos tem 200 orgasmos por dia



A britânica Sarah Carmen, 24 anos (foto), que sofre de uma síndrome rara, tem 200 orgasmos por dia, ou seja, um a cada sete minutos. Em entrevista ao jornal "News of the World", ela contou que qualquer coisa a faz chegar ao clímax, como o barulho do trem, ou o som do secador de cabelo.

Durante a entrevista, de 40 minutos, Sarah afirmou ter tido oito orgasmos. Ela sofre da Síndrome de Excitação Sexual Persistente, que leva ao aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais causando excitação por grandes períodos, mesmo sem que haja estímulo sexual.

"Quando começou, aos 19 anos, meu namorado estranhou a quantidade de orgasmo que eu atingia durante a transa", contou ela. "Muitas vezes queria ter o número necessário de orgasmos para acalmar-me. As vezes, queria ter uma vida normal".

Sarah contou também que dispensa convites para ir a locais públicos com música alta e muita agitação. Ir à bares ou clubes barulhentos está fora de questão porque as vibrações a deixam doida. "Tenho que encontrar bares quietinhos. E eu tenho mais orgasmos quanto mais eu bebo, porque me relaxa, então eu tenho que beber muito pouco agora.

A situação mais hilária de orgasmo foi enquanto ela respondia a um questionário de pesquisa de mercado. "Eu tive um orgasmos na frente da pesquisadora. Ela sabia o que estava acontecendo e me olhou estranho. Eu tentei explicar que não podia ajudar, mas eu estava gemendo tanto que tive que sair andando".

Sarah está fazendo tratamento e segundo os médicos não há uma explicação científica provada para o problema dela. O mais provável é a infecção da região pélvica que pode estar estimulando os nervos do clitóris. Informações de O Dia.

fonte: Jornal O Dia.

obs.: se o Thiagão invadir isso aqui desço a porrada nele.

domingo, 25 de novembro de 2007

matéria interessante - Ato I

porque olhamos?
tá explicado.

[CLIQUE NA IMAGEM]


então o ideal é olhar durante 15 minuntos, mais do que isso pode fazer mal pro coração.

Obs.: existe a palavra "justificação"? só...


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Interrompemos esse post para uma notícia urgente:

-Um artigo do INCOR-SP admite o efeito protetor do consumo moderado de vinho tinto. De acordo com o Instituto, o uso moderado de vinho tinto está associado com a redução da mortalidade e das hospitalizações por Doença Arterial Coronária.

Fonte: Site do INCOR-SP (http://www.incor.usp.br/conteudo-medico/geral/vinho%20e%20o%20coracao.html)

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Pois bem. Se depender da Confraria dos Bravos nenhum homem vai morrer de infarto.

Fidel, me perdoa a intromissão. Hehehehe!!!!

T. Cardoso, o Hammurabi

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

opa neném

Abitolado.

Quem é e quem não é abitolado?
Bah, existe tanta submissão, "lavagi celebral", e eu acho isso um saco. Muitas pessoas pensavam que a faculdade seria algo diferente do que é.

Isso é irritante. Eu não saio por aí gritando as minhas crenças, pq tenho q ler as bobagens alheias?! Sempre tem abitolado. Um indivíduo que coloca foto do escudo do time no profile do orkut ou algo do tipo "positive vibrations".

E aí em todo lugar q vc vai tem um individuo com uma biblia querendo apertar a sua mão e impor a crença dele sobre a dos outros. Assim como eu agora imponho as minhas vontades. Até que num dia desses eu comendo meu cachorro-quente com amigos, naqueles fins-de-noite e eu quase chorei de tanto segurar o riso. Tudo porque eu feri uma das regras básicas para você evitar o riso na hora errada. Já explico abaixo.

É o seguinte:
Quando você está acompanhado de várias pessoas e uma delas diz algo e você tem muita vontade de rir até chorar, e o momento não é apropriado pra isso.

O que devo fazer?

- Concentração: você deve se morder ou algum outro modo de se machucar (nada de masoquismo, mutilação, tô falando de algo leve, saudável) como pisar no próprio pé, morder o dedo ou o lábio. Apenas para tirar o foco do riso.

- Evite contato visual: Evite olhar nos olhos dos outros, não olhe para as pessoas ao seu redor. Se uma delas estiver com vontade de rir também, pode ser pior. Ou ela pode rir pela sua cara tb.

- viaje: olhe para as paredes, veja os detalhes de onde você estiver, comece a pensar em coisas diversas como a formação do seu time de futebol. qualquer coisa que tire seu pensamento do assunto que te faz rir.

- Banheiro: peça para ir ao banheiro, ou algum lugar longe de onde você estiver para poder rir muito sem ser ouvido.

Esse manual é do video: Como parar de rir em um momento inapropriado. É em inglês, porém, com o que eu escrevi você não precisa entender inglês para ver o video, ele é muito bom e vale a pena assistir.

Quer assistir? Clique aqui!


Voltando, achei que talvez a faculdade fosse um lugar com pessoas de cabeça aberta e tal. Até que no início do 2º semestre ouvi uma grande bobagem, Uma senhora, ao ouvir falar de transtorno bipolar soltou o infeliz comentário "isso é falta de mulher!". Nessa hora eu tive vontade de matar ela.

E cheguei a seguinte conclusão:
A função do psicólogo é ajudar a manter os preconceitos.

(não que seja, mas é o que ocorre).

Viva o preconceito.
fodam-se todos, já que ninguém foge do preconceito/rótulo. Só falta o barulhinho do caixa do mercado quando passa o código de barra. pí.

Todo homem é galinha/ sem-vergonha
Toda mulher dirige mal.

Bebês são fofos.
Crianças são hiperativas.
Adolescentes = aborrecentes
"Os adultos não me compreendem" (falou o adolescente)
Mas os adultos sempre têm razão.
Enquanto os adolescentes também não entendem os adultos.
Os idosos são repetitivos.

"filho é que nem peido, você só gosta do seu!"
"pai só fala merda!" (Cidade de Deus, filme)

loira e burra é pleonasmo
"loira é pra comer, morena é pra casar"

mulheres amadurecem mais cedo que os homens.

mulher que chora é fraca e isso é inaceitável.
homem que chora, é sensível e isso é tããão bonito.

pí.
pí.


obs.1: o título foi uma frase do professor Fred no sábado passado.
obs.2: são 5 e meia da manhã e tô acordado desde as 2 e meia da manhã. Que legaaaal!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ah!!! Se eu não ia dar uma soprada nela!!!

As pessoas vivem me perguntando por que eu não gosto de festa de aniversário. Nessas horas eu desconverso, digo que não é de festa de aniversário que eu não gosto. Que o que não gosto é de festas de aniversário pra mim.
Fora o inconveniente de ter aquelas pessoas batendo palmas e cantando aquela musiquinha fuleira, outros motivos me levam a fugir da presença da família e dos amigos nessa época do ano:

-Eu faço aniversário num dia 24. Esse é o número que representa o veado no jogo do bicho. Além disso, a fonética do número é similar a frase "vi de quatro", que remonta à observação de uma posição de, digamos, sujeição. Eu não vou nem entrar no mérito da questão, se é que existe algum, por que minha orientação sexual foi muito bem encaminhada pela angelical prima Fabrícia. Hoje casada e com uma filhinha linda, mas trazendo na bagagem das experimentações da puberdade a minha inocência. (caramba, isso foi lindo! Poético!)
Bom, existem pessoas que nunca ouviram essas explicações e apenas caçoam dos desafortunados que têm atrelados a si, algo relacionado a esse número. Pode ser o número da casa, do celular, da data de aniversário, da senha de atendimento no Giraffa's. O que importa é achar um infeliz com a raiz quadrada de 576 e chamar de baitola. Na quinta série, a molecada costumava contar a ordem dos nomes enquanto o professor fazia a chamada. Só pra ver quem ia ficar com a alcunha de viadinho;


-Há oito anos atrás, minha mãe resolveu fazer uma festa aqui em casa e chamou praticamente todos os meus amigos e familiares daqui do DF pra participar da festa. O problema é que algumas horas antes do "Parabéns pra você" minha irmã caçula começou a passar mal e teve que ir pro hospital. E eu fiquei sozinho no meio daquele famigerado de gente, com o "Ti Chaga" (pra quem não entendeu o chamamento infantilizado, Tio Fracisco das Chagas) solidáriamente com a mão na minha cabeça, dizendo pra eu ficar bem. Minha irmãzinha estava com Hepatite e acabou ficando internada por mais de um mês. Depois disso eu fiz minha mãe jurar que nunca mais faria uma festa de aniversário pra mim.

Enfim, deu pra entender o meu trauma.

Mas além disso, eu penso que um outro bom motivo pra eu não gostar da festa com bolo e velinha é por que nunca fizeram uma surpresa dessas pra mim.
Eu não ia espalhar só o creme no corpo dela não. Eu ia chamar ela pra brincar com a minha língua-de-sogra. Ahhhh se ia!!!!!!!

sábado, 10 de novembro de 2007

O pensar representacional

[...] pois o mesmo é pensar e ser.
Parmênides, fr. 3.
Conceptualizar sobre uma Língua não deixa de ser uma abordagem da manifestação cultural de um povo. Nesse sentido, a expressibilidade lingüística assume um papel crucial na identidade social. Sendo assim, a língua portuguesa não foge ao seu caráter representativo duma Cultura, e essa das mais variadas no contexto mundial.
Pois bem, tomar a língua portuguesa como desempenhativa de função social não é senão confronta-la consigo mesma – suas variações – e com outras línguas; e aqui aflora a dimensão política do uso da linguagem.
O Português é a língua oficial de vários países, e nestes há uma gama de dialetos. No Brasil, por exemplo, o falar sulista é diferente do falar nordestino; no português europeu nota-se também as diferenças dialetais, veja-se os falares de Lisboa e São Miguel que num diálogo beiram a incompreensão. São características que as regiões desenvolvem culturalmente com a linguagem. Desta sorte, não há uma língua portuguesa ideal, mas o português que nas suas diversas formas de dizer expressam a aura de um grupo de pessoas, e que se distinguem duma padronização absoluta. E certamente isso vale para os assim chamados estrangeirismos.
Ademais, o choque de civilizações é claramente um confronto de idéias, de “visões de mundo” – para usar a expressão vinda do alemão Weltanschauung – diferentes. Em última instância, o que temos são contatos culturais. Ou seria imposição cultural? A História nos testemunha que houve muitas tentativas de se impor um modo de pensar. Todavia, tiveram bastantes derrotas neste sentido. Ora, isso põe em relevo a comunicação humana. Ao “chocar-se” com outras culturas, e especificamente com outras línguas abre-se a oportunidade de incorporações terminológicas que transcriadas ou processadas antropofagicamente geram inovadores pensamentos, manifestação cultural identitária, mas sincrética. A língua portuguesa vernácula, por mais originalidade que possa oferecer, não pode se fechar em si mesma, ser imutável, já que existem línguas outras que possibilitam verter pensamentos originários, isto é, um português à lá alemão, inglês, árabe, chinês, espanhol, e por que não o português à lá português mineiro, alagoano, lisboano, açoriano.
De resto, pensar pelo português é pensar com outros idiomas, num constante diálogo intercultural, então pessoal.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

PSICOLOUCOS

"Só não deixe a faculdade atrapalhar seus estudos".




Eu me amarro em percepção, que é como chamamos no IESB a disciplina Processos Senso-Perceptivos que o Professor Sérgio Henrique Alves leciona pro 4º e 7º semestre do curso de psicologia. Na verdade, eu acredito que não vou usar nada do que eu aprendo dessa disciplina numa futura atuação profissional, seja qual for o ramo em que eu ingresse. Salvo se daqui até ao final do curso eu tenha uma revelação à Là Saulo de Tarso e passe a reconhecer o real valor da psicobiologia (ou psicoboiologia) no estudo, previsão e controle do comportamento humano. Apesar disso, as aulas do Serginho têm me sido de grande utilidade na hora de compreender certos fenômenos corriqueiros e fúteis, mas que, de vez em quando, me roubam um pouco da atenção. Aqui eu vou retratar dois excelentes exemplos da importância da ciência da percepção na vida cotidiana. Acompanhem-me.

Percepção e passe livre para o Motel: Uma introdução.

A pupila é o componente ocular retrátil responsável pela proteção da retina, nervo óptico e demais mecanismos intraoculares quando da alteração da incidência de luz. No entanto ela também reage à estimulação oriunda do córtex cerebral quando certos neurotrasmissores relacionados às emoções são ativados.

Trocando em miúdos.

A pupila não contrái e dilata apenas quando há mudança de luminosidade. Ela também exibe o mesmo comportamento quando estamos com medo, alegres, tristes ou mesmo apaixonados.

Então malandro, da próxima vez que você sair com uma gatinha à noite, proceda da seguinte forma:
1º passo: Leve a moça a um lugar com iluminação fraca. Um restaurante à meia-luz, por exemplo.
2º passo: A título de tornar o encontro mais romântico, acenda velas. Na penumbra a pupila dilata-se. Com a luz da vela, ocorre uma leve contração.
3º passo: Preste atenção nos olhos da moça. Repare no diâmetro de dilatação da pupila.
4º passo: Fale coisas românticas e alterne com assuntos mais "ousados", de cunho sexual.
5º passo: Caso a pupila da moça se dilate ainda mais após ouvir suas cantadas, feche a conta e leve a moça pra um... você já sabe onde...

Percepção e falsos cognatos auditivos:
Trocando "alcinha" por "calcinha".

Outro dia, numa sexta-feira, estava eu absorto na sala durante a aula do Dr. Guto.
Àquela hora da manhã eu estava pensando em muitas coisas como:
-a viagem que faria no próximo feriadão;
-o que eu faria no fim-de-semana;
-se iria almoçar na Cantina da Branca ou no Asa Gaúcha;
-quais e-mails pornográficos do Adan seriam pra consumo próprio e quais eu poderia repassar e;
-em como a filha de uma amiga da minha mãe tinha ficado gostosa.
Do meu lado estava o Paulinho falando no quanto ele estava apaixonado pela Kaká e em como o pé dele estava descamando.

E eu lá, no Nirvana nível II.
De repente uma coisa que eu achei ter ouvido do Dr. Guto me "chupou" de volta à realidade. Me chupou mesmo! Foi como se eu tivesse ouvido aquele "SCHUAAAAAARRRPPPAAA!!!" que me succionou do mundo-da-lua direto pra 2ª cadeira da 1ª fila próxima à porta da sala JC6.
O que eu ouvi? Eu ouvi exatamente isso:

-A menina estava provocante de calcinha.

Por alguns segundos, não mais que alguns segundos, eu fiquei me perguntando quando foi que a aula de análise do comportamento sobre a formação de contingências de reforço dentro do comportamento verbal tinha descambado pro vestuário íntimo feminino.
Nem bem respirei, indaguei:

-Calcinha???? Calcinha de quem????

O Paulinho olhou pra mim e começou a rir macabramente. As tigretes, a Poderosa e o Dr. Guto também.

-Que calcinha rapaz! Eu disse que ela estava usando uma blusa de alcinha!
A-L-C-I-N-H-A!!!

(...)

Dr. Serginho responde.

O estímulo auditivo não chega no mesmo instante às duas orelhas. Fatores ambientais como o posicionamento da cabeça e ruídos interferem na velocidade de chegada do som a cada aparato externo auditivo e fatores internos como motivação, pré-disposição mental e dominância perceptual interferem na compreensão do estímulo percebido. Dessa forma, o estímulo auditivo de baixa frequência sonora que se propaga chegando ao canal auditivo mais próximo de uma pessoa que esteja desatenta poderá ser compensado pelo cérebro e, em caso de divergência entre o estímulo físico auditivo real e a compensação fornecida pelo cérebro, o ouvinte compreenderá de forma errônea a mensagem que lhe foi veiculada.

Trocando em miúdos II.

Quando se está voando durante uma conversa e parte do assunto desta conversa é relevante dentro do rol de interesses de uma pessoa, pode acontecer de a informação ir parar em sua maior parte em apenas uma orelha, por que assim como acontece com as mãos e os olhos, nós elegemos uma orelha como a dominante. Assim, a informação que estiver incompleta será compensada por conteúdos da mente do ouvinte e sofrerão influências dos interesses deste para a sua compreensão final. Ufa!

Um outro exemplo deste cômico fenômeno nordestinamente chamado de "malovido" aconteceu comigo novamente em outra ocasião (é, isso é uma constante na minha vida), numa visita ao Varjão. Eu estava no Centro do IESB em Ação e perguntei à moça que toma conta do Centro por que a cidadezinha tinha sido batizada com esse nome: Varjão do Torto.
Ela me explicou que o "Torto" vem da proximidade que o lugar tem da Granja do Torto, onde fica uma das residências oficiais do Presidente da República. Agora o nome Varjão, vem da vista aérea do lugarejo que lembra uma "varginha" (sic).
De novo eu não pensei antes de retrucar:

-O que???!!!!! Lembra uma vagina?????????!!!!!!!!!!

domingo, 4 de novembro de 2007

The Day After


Prudência.

O que faz com que num instante a gente perca a cabeça? De repente uma coisa que tinha tudo pra dar certo termina em confusão, dor de cabeça, maxilar quebrado, empurra-empurra, mal-estar...

Prudência tem muito a ver com domínio próprio, se é que não são sinônimos. Um homem prudente deveria ser aquele que engoliu um manual de convivência humana. Isso não quer dizer que ele nunca erre. Mas sim que sabe contornar os erros sem torná-los maiores do que eles devem ser.

Bom Senso

Como saber a hora de parar? Parar de beber, de fumar, de brincar, de chorar, de rir, de odiar, de amar, de tanta coisa...

No instante em que se olha nos olhos de alguém e se percebe que a retina desse alguém reprova tua ação. Ainda que os lábios digam o contrário.
O problema é que raramente olhamos nos olhos. Talvez seja bem por isso. Por temermos a reprovação. Por estarmos acostumados a pensar que ser reprovado é algo ruim.

Paciência

Muitas vezes, por mais que se pense o contrário, não é com os outros que não costumamos ter paciência. Quando a gente quer, depois de um suspiro demorado, acaba não sendo muito dificil aturar alguém insuportável (ainda que esse alguém não SEJA insuportável mas ESTEJA insuportável).

Só que aturar a si mesmo deve ser uma arte. A não ser pra aquelas pessoas que sequer param pra pensar sua própria conduta. É difícil tolerar a si mesmo, admitir os próprios fracassos, as próprias debilidades.

Pode ser muito saudável de vez em quando ficar sozinho, parar, respirar fundo e reconhecer os próprios limites não como algo que diminua. Mas como algo que torna humano.

Disciplina

Estar disposto a aprender. Aberto a experiências novas, a novos rostos, novos sorrisos, novas paixões, novos amigos, novas conquistas, novas derrotas. Enfim, aprendizado de vivência.

Contudo, dentro de uma ordem. Por mais que seja tentador, não dá pra viver de caos. Temos uma única vida. Uma única chance. Que me perdoem os que pensam o contrário.

Mas cada dia é um dia de juizo pra cada um de nós. Não sabemos o que pode nos acontecer daqui a dois segundos, dois minutos, duas horas, dois dias, dois meses, dois anos, duas décadas.

Então, por que desperdiçar o valioso dom da existência com coisas que, lá no íntimo, sabemos que não vão nos levar a lugar algum? Errar é necessário. É saudável. Mas não precisa ser a regra.

A música que toca agora é Vamos fazer um filme do Legião. Random do Media Player. Parece que tem alguém concordando comigo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

contos diversos III



I - Velhice

Estamos ficando velhos. e isso não é algo que seja perceptível apenas no espelho, no cabelo branco ou na dor nas costas e ao estalar das juntas.
Tudo mudou, as metas, que deixam de ser: acabar a 5ª série, ou chegar ao 2º grau. Ou nos hábitos. Eu não sento mais em um banco de shopping, olho pros casais e comento com os amigos que "um dia, nós que teremos namorada". Os meus 13 anos já se foram. E agora quando eu lembro deles, eu percebo que já faz um tempo que essa idade passou.

Mas tudo passa lento, devagar, imperceptível. A emoção de sair do colégio e entrar na faculdade é tão mínima que tirou meu sono só durante uma noite. E o curso anda lento. Durante o primeiro semestre sempre me perguntavam "Como está o curso?" e eu pensava "deve estar bem, com tantas introduções à outras coisas, deve estar sim!" mas responde "bem..".

Antes o vizinho andava de skate na porta da sua casa, batia a bola no seu carro e todo dia o alarme disparava, só pra encher o saco. O outro, putão, tocava bateria o dia inteiro, e esse nem sei mais se existe. Agora um dos meus amigos quer ser juíz, o outro promotor e tem o Luquinhas que já está até morando sozinho!!! Eu também não preciso mais ligar pro meu pai pra ele me buscar no shopping ou ligar para o tio Marco porque a festa acabou num sábado de madrugada.

Agora saímos sós e pagamos a conta.

E um desses dias que eu fiz mais uma retrô da minha vida, lembrei de quando eu era pequeno e minha mãe queria armar um barraco em algum restaurante pelo mal-atendimento e eu sentia uma vergonha danada e uma vontade de ir embora, me esconder. Hoje em dia quem me faz passar vergonha são meus amigos, reclamando dos 10% do bar, ou mostrando ao mundo a poderosa habilidade de saber gritar em público, D.R.² no meio do bar com o namorado, e aí se você pede pra falar mais baixo, a situação piora com algum grito de "que é? eu falo alto onde eu quiser!" e aí você entra debaixo da mesa e não sai de lá até o sol nascer.

e aí tudo que seu pai ou tio já falou algum dia e você reprovou, passa a seguir. Apesar de antes, ignorar muito pelo fato daquilo tirar sua ilusão de que o mundo é bonito.

também sinto a idade nas vezes que acordo durante a noite. isso responde algumas perguntas.

Rogers¹ - fazendo campanha de conversão.
D.R.² - sigla de Discutindo o Relacionamento.


II - Carteira de trabalho

Certo dia fui fazer a minha carteira de trabalho na rodoviária, o meu estágio exigira. Era uma segunda-feira de manhã.

Voltei em casa, fruto da decepção de não poder usar a carteira de motorista no lugar da identidade, lenda urbana que sempre foi verdadeira em episódios anteriores da minha vida.

Ao retornar ao local, fiquei impressionado com a velocidade do atendimento, em menos de 5 minutos após eu ter chegado lá, veria que já estaria me comunicando com a minha mãe para saber onde ela estava. E mais tarde descobriria que ficaria as próximas 2 horas esperando ela na frente de uma loja no shopping.
Mas o que iria me impressionar estaria ali, entre aqueles poucos minutos que permaneci lá dentro do “Na Hora” (nome do lugar).

Ao sentar a frente de uma senhora muito simpática, fui ouvinte de uma conversa muito interessante entre a mesma e o atendente ao lado. O rapaz ao lado que começou:

- Que pena que o final de semana acabou.

- Foi bom o seu final de semana?

- Foi ótimo, mas gostaria que já fosse sexta-feira.

- Por que?

- Pra curtir, ué. Sair, por mim a semana passaria mais rápido.

E foi aí que veio a lição de moral da senhora simpática, enquanto grampeava papéis que logo em seguida formariam a minha carteira de trabalho.

- Pra que a pressa? Querendo viver os finais de semana? Cada dia que passa, você mais velho fica. Viva cada dia, aproveite. Não fique aí só esperando o final de semana chegar. Pois é sempre um dia a mais e um dia a menos.


III - Sentir-se bem

sentir-se bem.
é sobre isso que falamos a respeito.
apesar de toda a introspecção, todo o orgulho, egoísmo e preconceito do nosso dia-a-dia.
a vida deveria falar disso.
se sentir bem.

teste

IV - Golfando

Quanto mais chafurdo na bosta mais vontade tenho de vomitar.

Quanto mais abertos meus olhos ficam, menos eu quero enxergar.

O mais fundo que respiro, mais sem ar eu me sinto.

Ninguém se salva.

OBS.: Atualizando pra dizer que não morri. Todos os textos acima eram rascunhos que estavam salvos na confraria e não estavam publicados. Tenho algumas idéias, mas nada concreto pra confraria por enquanto.



quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O Homicídio

Eu adentrei o recinto e ele estava lá.
A silhueta grisalha parecia indicar a idade daquela criatura que, assustada com a minha presença, logo procurou um covil onde abrigar-se. Aquela coisa amedrontada e covarde que eu fitava em nada lembrava aquela que tantas vezes eu vira banqueteando-se na cozinha de minha casa. Agora era só um vulto em fuga.
Pensei rápido, embora embriagado pela sonolência.
-Onde estão minhas armas? Na ausência delas, o que posso usar para feri-lo?
Olhei em volta e nada encontrei que servisse ao meu propósito. Ele, aproveitando-se de minha indecisão, pensou que embora não pudesse ir muito longe, poderia esconder-se e talvez se necessário, lutar. Ou pelo menos vencer-me pelo cansaço.
Voltei-me à situação.
Percebi que meu adversário escondera-se numa trincheira e de lá não sairia enquanto eu não fosse embora. Foi seu erro fatal. Se eu não podia alcançá-lo e enforcá-lo com minhas próprias mãos, eu o prenderia na armadilha em que ele mesmo, néscio, se deixou cair.
Empurrei a trincheira o máximo que consegui, até ter certeza de que de lá ele não sairia a menos que uma ajuda externa lhe fosse concedida. Ri-me do meu feito e sai.
No outro dia, no mesmo horário, retornei ao local da batalha. Tudo estava calmo e som algum se ouvia a não ser dos grilos no pequeno canteiro de plantas no lado de fora. Lentamente eu puxei a trincheira ao meu encontro e, olhando para baixo, o vi já enfraquecido. Passara um dia inteiro sem comida nem àgua. O abatimento fez com que ele nem ao menos olhasse nos olhos de seu algoz. Com o que lhe restou de forças, esgueirou-se rumo ao chão e procurou um canto escuro na esperança de que eu não o visse. Tolo, eu pensei.
Tomei aquela lâmina, providencialmente posta à minha vista e o ataquei.
Ah Freud!!! Não sabes o quanto gozei aquele momento de total entrega às minhas pulsões de morte e ao desejo assassino de meu ID! Bastaram dois golpes e ele jazia com o abdomen voltado para cima e sem mais o fôlego de vida.
Dei então meu grito sádico de vitória.
-Ah!!!!!! Agora você morre filho da puta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Minha mãe acordou com um sobressalto e veio, de camisola mesmo, perguntar o que estava se passando.

-O que foi isso menino?!

Ao que respondi orgulhoso:

-Ontem eu prendi aquele rato desgraçado atrás do armário e agora eu matei ele com duas lapadas de facão!!!!


terça-feira, 23 de outubro de 2007

bom dia

bom dia, hoje se confirma uma nova máxima minha. Todas as pessoas do meu semestre na faculdade são pessoas boas, mas conviver que é foda. Não é uma piada, durante a última semana muitas coisas aconteceram.
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Desde um lunático gritando palavrões dentro de um ônibus, sem perceber o quão rude era, indignado com pessoas que passeavam pelo varjão. Uma pessoa que gritava "CARALH#" em sala de aula, pois estava revoltada com a "falta de união" de seus colegas de classe. E o atraso de um ônibus, que deve ter aparecido cerca de 4 horas depois do planejado.
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Primeiro caso, fica claro cada vez mais o lógico. Ou o lógico continua ficando escondido. Às vezes, o óbvio não é tão explícito, apesar do material totalmente explícito (ê).
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Ora, no caso do palavreado em sala de aula, sempre vejo pessoas dizerem como resposta "menina, tira o caralh# da boca". Pois bem, talvez nesse caso o conselho (que se fosse bom, seria pago) poderia ser "menina, coloque-o na boca!" pois quem sabe assim, você pára de falar, ou sorri às vezes na vida. Pois como já citado por mim em outro texto (A revolta contra a mal-amada) não me importo com as mal-comidas, mas com aquela que enche meu saco. E também podemos dizer que, no dia que união deixar de ser açucar, acho que a mesma poderia ficar calada e respeitar os outros, pois a união fará de fato alguma coisa. (como diria um bom amigo, "o melhor do ball+cat são os 15 minutos de silêncio" e às vezes, o senso-comum de tiozão acerta).
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No terceiro caso, eu posso dizer que me diverti bastante conversando hoje de meio-dia as 3 da tarde e sempre que saio com o povo da faculdade, isso se repete. Logo, não preciso reclamar dos meus companheiros de turma, mas acordar todo dia, e ter alguém que te suporte, é uma arte.
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Bom dia.

domingo, 21 de outubro de 2007

"Os Demônios", de Dostoiévski

Primeira parte

- diálogo com Kiríllov -

"-... Eu só procuro saber a razão por que os homens não atrevem a matar-se, e nada mais. Não tem importância nenhuma.
- Não se atrevem? Pois não há bastantes suicídios?
- Muito poucos.
- Acha?
Não me respondeu, levantou-se e pôs-se a passear de um lado para outro.
- Que é que, segundo você, impede os homens de se suicidarem? - indaguei.Olhou-me com ar abstrato, como se quisesse recordar-se do que estávamos a falar.
- Pouco... pouco sei. Há dois preconceitos que os prendem, duas coisas só: uma é mínima, a outra considerável. Mas a mínima também é considerável.
- Qual é essa?
- A dor.
- A dor? É assim tão importante?
- Primordial. Existem duas categorias de suicidas: uns matam-se por excesso de melancolia ou por irritação, ou por loucura, não importa. Esses fazem-no sem vacilar. A loucura não os detém, matam-se logo, agem imediatamente. Quanto aos que o fazem com reflexão, pensam demasiado no caso.
- Então existem os que se destroem por reflexão?
- São muitos. Se não houvesse preconceitos, haveria ainda mais, muito mais, toda a gente.
- O quê? Toda a gente?
Kiríllov calou-se uns instantes.
- Haverá meio de morrer sem dor?
- Imagine - respondeu ele, parando diante de mim - imagine uma rocha com as dimensões de um edifício colossal. Está suspensa sobre nós, nós estamos por baixo. Se nos caísse em cima da cabeça, chegaríamos a sofrer?
- Uma rocha dessas dimensões? É horrível.
- Não falo do medo, refiro-me à dor.
- Uma rocha tão grande... evidentemente que não sentiríamos dor.
- Mas se de facto se encontrasse debaixo dessa pedra suspensa, você teria medo de sofrer. Todos o teriam, médicos, sábios, fosse quem fosse. Sabem que não haveria dor, e no entanto assustam-se.
- E a segunda causa, a mais considerável?
- É o outro mundo.
- Alude ao castigo?
- Tanto faz. O outro mundo é bastante.
- Há ateus que não crêem nisso.
O homem calou-se de novo.
- Julga talvez por si mesmo?
- Cada qual só pode julgar por si mesmo - retorquiu ele, corando - Só existirá liberdade completa no dia em que for indiferente viver ou não viver. Eis o fim, o alvo de tudo.
- Nesse caso, ninguém desejaria viver.
- Ninguém - confirmou Kiríllov em tom decidido.
- O homem receia a morte porque ama a vida, eis como eu vejo as coisas - repliquei. - Assim dispôs a natureza.
- Logro vil! - exclamou, de olhos brilhantes. - A vida é a dor, a vida é o medo, e o homem é infeliz. Tudo é dor e medo. O homem, agora, ama a vida porque ama a dor e o medo. Criaram-no assim. Dá-se a vida a troco da dor e do medo, e eis aí o embuste. O homem de hoje não é ainda um homem. Há-de haver um dia o homem novo, orgulhoso, feliz, a quem será indiferente viver ou não; eis o homem novo. Esse vencerá a dor e o medo e será o próprio Deus. Deixará de haver outro deus.
- Mas Deus existe, na sua teoria?
- Não existe, mas é. Não há dor numa pedra, mas no medo da pedra há dor. Deus é a dor do medo da morte. Aquele que vencer a dor e o medo será o próprio Deus. Surgirá então uma vida nova, um homem novo. Tudo será novo. A história dividir-se-á em duas partes: do gorila à destruição de Deus, e da destruição de Deus...
- Ao gorila?
-...à transformação física da Terra e do Homem. O homem será Deus; transformar-se-á fisicamente. O mundo também se transformará assim como as ações e as idéias, e todos os sentidos. Que lhe parece isto da transformação física do homem?
- Se for indiferente viver ou não viver, todos se hão-de matar, e aí está a sua grande transformação.
- Nem mais. E mata-se a trapaça em que vivemos. Qualquer homem que deseje liberdade deverá atrever-se ao suicídio. O que ousar tal coisa desvendará o mistério do embuste. Fora disso, não há liberdade: está tudo aí; o que ousa matar-se é Deus, de modo que cada qual pode fazer com que deixe de haver Deus. E não haverá. Mas ninguém ainda experimentou.
- Tem havido milhões de suicidas.
- Todo por outra coisa, todos por medo, e não por isto que digo. Nunca para matar o medo. Aquele que se matar só para matar o medo tornar-se-á imediatamente Deus.
- Talvez não tenha tempo - observei.
- Não importa - respondeu Kiríllov, calmo e ufano, quase desdenhoso. - Lastimo que você tenha vontade de se divertir - acrescentou ele daí a pouco."

Solilóquios fragmentados

Sinto meu coração expandir
Quando na verdade é meu cérebro que apequenou-se
A ponto de ser-me indiferente
Viver ou Morrer
Quê fiz até hoje?
Quê posso e farei nos dias restantes?
Medíocre é o que sou!
Envergonho-me.
Não tenho coragem de vivenciar
Escondo-me pela fraqueza[...]


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Outro dia
uma mulher disse-me:
'quero que meu filho
seja igual a ti'.
Eu não sou
Literato
Científico
Artista
Filósofo
Sou/Serei apenas um solitário
Que gostaria de ter uma esposa e um(a) filho(a)

sábado, 20 de outubro de 2007

Magayver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento?

Um dia quiseram ver quem era o melhor: Magayver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento. Chegaram pro Magayver e falaram: A gente soltou um coelho nessa floresta. Encontre mais rápido que os outros e você será considerado o melhor! Magayver pegou uma moeda de 5 centavos no chao, um graveto e uma pedra e entrou na floresta. Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no 3o dia com o coelho. Dai chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa. Ele entrou correndo na floresta e 24 horas depois apareceu com o coelho. Pediu desculpas porque teve q desarmar 5 bombas nucleares, recuperar 15 armas quimicas, escapar de um navio cargueiro que ia pra china e matar 100 terroristas pra chegar ate o coelho. Dai pediram para o Cap. Nascimento ir buscar o coellho. Se ele demorasse menos de 24 horas ele seria o melhor. No que ele respondeu: - Ta de sacanagem comigo 05? Ce ta de sacanagem comigo ? Você acha que eu tenho um dia inteiro pra perder com essa porra de brincadeira 05 ? Tu eh mo-le-que! MO-LE-QUE 05!!! virou-se calmamente para a floresta e gritou: - Pede pra sair!!! Pede pra sair cambada!!! em menos de 5 segundos ja tinha saido da floresta: 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacares, 1000 paca-tatu-cotia-nao, o Shrek e o monstro fumaça do Lost. Dai ele gritou: - 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02! - 07, traz a 12! Nisso o Bin laden saiu da floresta correndo!!!

E bota na conta do papa... =*

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Legião Urbana - Eduardo e Mônica, Uma Análise Psico-Neurótica

Dizer que sua perspectiva de mundo muda radicalmente depois que se começa a estudar psicologia é um grande clichê. Mas é sempre engraçado quando você se depara aplicando conhecimento psicológico a comportamentos que, outrora, passariam desapercebidos do crivo científico.
Outro dia eu fiquei "mentalmente" escutando uma música do Falamansa chamada Zeca Violeiro. Pra quem nunca ouviu por que torce o nariz pra forró universitário como é o caso do Alemão (aliás, eu queria saber pra que coisa o Alemão não torce o nariz), eis a letra:

Zeca Violeiro
Falamansa


Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer

Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
O seu irmão cabra macho forasteiro
Tomou três tiros no peito porque sabia viver
Zeca sabia todo mundo morre um dia
Quase sempre ele dizia:
-Antes todos do que eu!
Zeca Violeiro, Zeca Violeiro, Zeca Violeiro
Ôlelê, Zeca Violeiro
Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Zeca morava dentro de um carro forte
Não brincava com a sorte
Queria sobreviver
Se alimentava na base do natural
E como era prevenido
Tinha um quarto no hospital
Zeca Violeiro, Zeca Violeiro, Zeca Violeiro
Ôlelê, Zeca Violeiro
Zeca violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Zeca violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Morreu juiz, prostituta, vagabundo
Zeca sozinho no mundo aprendeu sua lição
Das mortes todas a de Zeca foi a pior
Porque Zeca morreu de solidão
Zeca Violeiro, Zeca Violeiro, Zeca Violeiro
Ôlelê, Zeca Violeiro.

Eu ouvi essa música pela primeira vez quando eu tinha uns 12 anos, mais ou menos. Naquela época, eu prestava mais atenção na minha vizinha da frente, que ainda era gostosa. Ela gostava de por esses forrozinhos e ficar dançando na varanda da casa com um parceiro invisível enquanto eu a espiava da calçada. Hoje eu ouço essa música e a primeira coisa que me vem à cabeça não é mais a Rose, que agora tem um filho e está gorda, baixinha e baranga. A primeira coisa que eu penso é em Reforço Negativo.
O Zeca Violeiro passou por uma experiência traumática (O seu irmão cabra macho forasteiro, tomou três tiros no peito porque sabia viver) e desde então passou a se comportar de modo a evitar quaisquer estímulos que, pelo menos, evoquem a idéia de morte. (Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer)
A neurose de Zeca acabou fazendo com que ele se afastasse do contato social e não desenvolvesse relacionamentos afetivos. A vida de Zeca passou a ser caracterizada por contingências que envolviam comportamentos de fuga e esquiva. No final, Zeca inevitavelmente teve que enfrentar o estímulo aversivo que mais temia. E como todo ser vivo nesse planeta foi vencido por ele. Da pior forma.
Bom, mas por que eu fiz essa análise? O meu amigo Irmão Urso me passou um link muito interessante de um cara que fez uma obra de arte destrinchando os traços de personalidade dos dois "eus líricos" da canção de Renato Russo. Depois de ler o texto, a minha primeira reação foi simbólicamente nomear o autor como Membro Honorário do Confraria pois, em sua análise, ele deixa claro o que cada macho deste blog tem tentado dizer desde a fundação deste sítio. Muito embora o Mestre Wilson ainda seja o nosso mentor e modelo, o senhor Adolar Gangorra merece nossa especial homenagem pela bravíssima defesa do gênero masculino.
Por favor, leiam até o final. Tenho absoluta certeza de que vocês não vão se arrepender.

Legião Urbana - Eduardo e Mônica, Uma Análise Psico-Neurótica

domingo, 14 de outubro de 2007

sonho que se sonha só

Essa noite eu sonhei que era um x-men [plural]. Um x-man [singular] diferente, mas mesmo assim um x-men. Eu estava em um iate com os outros x-men, combatendo uns robôs, só que nós tinhamos perdido nossos poderes. Como eu disse, eu era um x-men diferente, eu carregava um balde de gelo (HAHAHA) e com a umidade do gelo/água eu fazia o meu "caminho". Eu era tipo aquele homem-gelo do filme Os Incríveis, mais ou menos aquilo. E o wolverine foi o único que não perdeu os poderes, nele, criaram duas novas garras, só que eram tortas.

E aí o telefone tocou.

Thiago Cardoso ligando..
"Alô?"
"E aí paulinho, tá dormindo?"
"Tô"
"Eu tô aqui no park shopping e queria saber se você conhece alguma loja de computador! Você sabe de alguma?"
"Aula de computador? sei não."
"Você tá bêbado, tchau"
"falo"

pi pi pi.

E eu queria ter voltado ao meu sonho dos X-men.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

o dúbio

Às vezes sinto ravia, ódio, nojo dessa nação brasileira que só quer ganhar vantagem sobre os outros, deixa tudo pra cima da hora, fura filas e acredita ser diferente de seus governantes, sem enxergar que o governo é apenas um reflexo da população brasileira. Pra tudo existe o jeitinho brasileiro. Walt Disney conseguiu enxergar esse brasileiro safado e sem-vergonha no pouco tempo que passou por aqui, criando o personagem Zé Carioca.

Essa nação corrupta e babaca que se aproveita dos (poucos) benefícios presentes em certos setores. É imprimindo apostilas inteiras no trabalho do pai (eu faço isso!), abuso na gasolina que a empresa reembouça, os 50 conto pro guarda, a sonegação de impostos, a falsa doença pra cobrir o feriadão. É esse brasileiro que abusa do irmão, e ama saber de algo 'de graça'.

Porque ninguem SE vê como um babaca aproveitador. Porque no Brasil, o meu pequeno abuso é normal. Os governantes que podem agir numa amplitude maior, que deveriam segurar a bola/freiar um pouco.

Essa nação fedorenta que reza na ilusão de um falso-moralismo-cristão, que ao pisar fora da Igreja, fecha o outro no trânsito e "taca um foda-se" (eu via isso, no estacionamento da Igreja que frequentava, todo o domingo).

Hoje em dia tudo é assim, é padre xingando criança em batizado, criança que não respeita os pais, esses que não dão limites aos filhos. E a união só existe na dispensa (o açucar) e durante a copa. E na copa todo mundo é amigo, todo mundo se ama e nada vai dar errado porque é A COPA. Até o Brasil perder e sair da copa, ai você fica triste, vê umas pessoas chorando e ri da cara delas.

Fodam-se brasileiros nojentos e podres que acreditam estar fazendo sua parte, não fazendo nada. Ou que pensam que também são vítimas desse ambiente. Mas sabe-se que somos tanto passivos como ativos nele (Skinner, 1963).
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(O bem-estar é aum ilusão à qual eu quero estar vivendo pra sempre).

Só quero que você consciente, fazendo merda, mas não se retirando da cesta de laranja podre. E que você não perca o sono por isso, viu?

Às vezes eu acredito no futuro, tenho vontade mesmo de abraçar um desconhecido. Dar bom dia na rua e ser retribuído. Mas a sociedade não é essa que vejo nas minhas histórias em quadrinho. Dos sonhos que deixo aqui.
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O honesto é o que mais sofre hoje em dia com poucas opções.

Queria mesmo dar um bom dia na rua para o desconhecido. Eu já implantei isso para os porteiros da faculdade e pros motoristas de ônibus. Mas não julgo os que não respondem.
Sei lá.

Existem muitos idealistas... Como eu poderia mudar meus conceitos, como eles, com essa sociedade que tem medo?

Mas com a violência hoje em dia... tá difícil.
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pra complementar, essa comunidade.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21578938
(link por Breno)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

ConfrariaCorp and Business apresenta NOVOS produtos

A ConfrariaCorp and Business, braço financeiro e pilantrópico da Confraria dos Bravos, representada no mercado negro (ou melhor, no mercado afro-descendente) pelas empresas Pathos S/A (artigos escrotos) do Presidente Mister Paulera e Confraria Ltda (artigos eróticos e de patifaria) do Presidente Mister Lobinho vem apresentar os novos produtos que vão estourar (o primeiro literalmente) o catálogo desse final de 2007.

Boneco do Capitão Nascimento

Você sempre sonhou com um super-herói que usasse um linguajar chulo, frases de efeito e que fosse brasileiro nato?
Seus problemas acabaram!
Chegou o Capitão Nascimento! Com ele, o Chuck Norris e o Wolverine vão pra conta do Papa.






Um produto com a qualidade eupodiatamatando.com



Juízo e Vergonha na Cara com 12% de álcool etílico

Sua mãe vive dizendo que tá na hora de você tomar Juízo? Sua mulher/namorada está cansada de te mandar tomar Vergonha na Cara? O problema é que você nunca encontrou essas canas em boteco nenhum, não é verdade?
Pois novamente a Confraria dos Bravos tem o soluço, digo a solução para os seus problemas!





Produzido e Engarrafado (são várias e várias garrafas todo fim de semana) pela APP (Associação dos Pés de Pano).

"Se beber não dirija. Se dirigir, não estoure o pneu do carro num meio-fio".

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

santa chuva

Brasiliense não sabe dirigir na chuva (Léo) e é verdade. Eu não sei dirigir na chuva. Não sofri acidente na chuva hoje. Apesar de que algumas pessoas sofreram.



Hoje, na faculdade estava chuviscando. E eu fui embora correndo com o carro (na chuva) pra chegar o mais cedo possível em casa, totalmente imprudente. Com o vidro todo aberto, sentindo as pequenas gotas tocarem meu braço. Estacionei o carro, coloquei as chaves no bolso de trás, pq assim elas não molhariam. A mochila ficou no banco do motorista. Tranquei o carro e saí.



E corri, pulei, direcionei minhas mãos aos céus (como naquela música na rua, na chuva, na fazenda) e um puta sorriso no rosto. Correndo, pulando, disfarçando entrar em casam quando um carro passa na rua ou uma vizinha. Mas correndo, o chinelo quase indo embora com a chuva umas 3 vezes. Fui entrar em casa, mas tava muito bom. É uma energia incomparável, ainda mais pra quem está com garganta seca e os lábios ressecados.



Entrei em casa, correndo pro chuveiro e fui pro banho. Apesar de saber que deveria tomar um banho quente, não pude, depois de 4 meses tomando banho quente, não importa o quão doente em posso acordar amanhã. A água do chuveiro era gelada, mas não tanto quanto a da chuva. Mas dava pra sentir a energia fluindo, nesse orgasmo múltiplo (ui!). Mas continuou frio o chuveiro.



Saí do banho, de cueca passeava pela casa. Na cozinha, água gelada.



Águaaaaaa!



"I'm singing in the raaaain"


p.s.: agora tô cansado, como se tivesse anestesiado. A energia flui.

p.s.2.: brasília, estado de calamidade, eram cerca de 125 dias sem chover.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Lemas

É bom ver que este blog, que teve um início modesto, é tudo isso hoje, sendo acessado dos pontos mais vermelhos e longíncuos do globo - ou do canto direito do monitor. Não é pouca merda não!
Por isso, quero dar início ao nosso lema, ritos inicias, oração, carta mágna, enfim, algo em consonância aos nosso pathos, lobos, bodes, poderosas, fideis, linos, morramedizinhos, léozinhos, bibis, cardosos...
Bom, vou começar logo porque o sono já tá chegando (finalmente):

Oh baaaa cacete! Oh baaaa cacete!
Da sua pele à sua lã, ao seu id seras fiel.
A sacanagem és teu guia, pois é teu dever e tua salvação...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

contos diversos II

I - obsessão para anônimos


EMO aos prantos pedindo para as pessoas deixarem a Britney em paz. Conheci o vídeo por MH (Marília, que comenta aqui)

II - aomildade¹ no meio acadêmico
Certo dia meu grande amigo, o filho de Alá, estava falando sobre o falso poder, a hierarquia que existe no meio acadêmico. Justificando que no jurídico, existe de fato um poder no caso de juízes e etc. Mas no meio acadêmico existem muitas pessoas que se acham superiores. Apesar disso ser uma ilusão. Ele pode não ter falado desse modo, mas foi isso que eu absorvi.

Aqui vai a minha contribuição para isso. No meio acadêmico convivo com pessoas que sei que nunca mais verei, são de outras cidades em torno do plano, ou outras classes sociais. Isso torna possível que nos encontremos apenas em supermercados, farmácias e padarias (para aqueles que não frequentam Delicatessen) De qualquer forma fica aqui meu recado pros narizes em pé: apesar do meio em que você conviva, pode ser considerado(a) um fodão, esse universo é tão pequeno, que deve haver cuidado quando se bate a porta com força após uma agressão verbal. Existe vida após o parto, sim.

III - Cerveja só faz bem se bebida logo, diz estudo
Nível de substâncias que previnem doenças diminui conforme idade da bebida aumenta. É melhor consumir até 15 dias após a data de fabricação, diz pesquisa. (Fonte: G1)

Acho que temos que acabar logo com o estoque de 15 dias, hoje é o último dia para prever doenças.

III.1 - e-mail auto-explicativo.
Foi comprovado em pesquisa científica que: Se você beber mais de 1 litro de água por dia, durante 1 ano, no final do ano você terá ingerido mais de 1 quilograma de coliformes fecais que estão diluídos na água, ou seja, 1 QUILO DE MERDA !! Já, bebendo cerveja... Você não corre esse risco, uma vez que esses coliformes não sobrevivem ao processo de produção da cerveja (dupla pasteurização)!!! Por isso, peço a você que comunique a todos que bebem água, que essa porra faz mal !!!. Se não quiser acreditar, DANE-SE, continue comendo merda!!! Eu, bebedor de cerveja, fiz a minha parte e avisei !!! Quem tiver consciência vai chegar a seguinte conclusão: "É muito melhor beber CERVEJA e falar MERDA, do que tomar MERDA e não falar nada!!!" Repasse para aquele seu amigo fresco, que tem aquela garrafinha azul básica em cima da mesa, e que quando bebe água fica se sentindo "o saudável".
(incrivelmente, e-mail redirecionado por talita)

IV - Ser-humano
Caso queira conhecer bem o ser-humano.
Antes de mais nada, viva.

V - Fronteiras imaginárias
Assim como o hippie, que nos dias de hoje é algo fora de contexto. O nacionalismo nos dias de hoje é uma babaquice. As fronteiras entre países são todas imaginárias. O mundo está sendo destruído e os brasileiros só olham pra Amazônia, ao invés de olhar para todo o mundo como um só. Somos todos irmãos independente de renda, religião, crença, etnia.

Somos todos carne e em breve morreremos, e querendo ou não, estátuas não existirão para nós. As heranças deixadas no mundo podem ser: um filho, uma árvore, um livro. Mas o que você irá deixar aqui será a lembrança de um sorriso ou um carro importado?!

Mas a vida de luxo é muito tentadora. Com um tio com alto pode, visto que em Brasília chamamos os pais de amigos de tios/tias, eu aprendi que existe a possibilidade de ter dinheiro e ser humilde. Ter dinheiro, mas não tê-lo como o centro de sua vida. Obrigado tio.

VI - A previsibilidade do ser-humano adestrado
O ser-humano é previsível. Independente do modo como ele atue sobre o ambiente. Simplesmente porque até o imprevisível se torna 'normal' em atuar assim. E aí a gente espera que sempre ocorram algumas maluquicezinhas (ou ataques, estouros, jantares românticos surpresa, dependendo do imprevisível e da sua relação com ele)

VII - Irreal e imaturo
O irreal seria no caso da pessoa que nem tenta enxergar a vida do outro pelo olhar dele (aceitação). O que é normal onde vivemos, no ambiente normal, mas não deveria para a classe a qual tentamos seguir carreira (que não seja uma carreirinha de coca qualquer).

E o imaturo está aqui pelo erro de categoria que apresenta. Por ser algo que só se define por si. A circularidade, sim?! Quando entramos em uma área, estudamos algo específico, temos o poder que existe dentro desse ambiente (poder não se refere a hierarquia) mas também ficamos cientes das falhas daquela área. E isso decepciona.

O que é imaturidade? É o menino que não leva o lixo pra fora ou o que prefere o video-game ao invés da tabuada?

vômito cerebral.

VIII - Explosão
Às vezes eu estou com a cabeça cheia que acho q irei explodir. baH.




*&¨¬ *&¨¬*&¨¬*&¨¬ Considerações *&¨¬*&¨¬*&¨¬*&¨¬

aomildade¹ - fonte: Carro Velho - O rei do elogio. (abaixo)


²O segundo post carregando esse título está errado pq nao existem contos aqui, mas de qlq forma. Continuará com esse título.

³Os textos foram resultados de vários diálogos, ou elaborados sozinho mesmo. O filho de Alá pode elaborar melhor o Fronteiras Imaginárias.

4
- não vou revisar o texto, o que me trará incômodo no futuro quando eu perceber que existem erros. Deixa pro futuro então.