quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O Homicídio

Eu adentrei o recinto e ele estava lá.
A silhueta grisalha parecia indicar a idade daquela criatura que, assustada com a minha presença, logo procurou um covil onde abrigar-se. Aquela coisa amedrontada e covarde que eu fitava em nada lembrava aquela que tantas vezes eu vira banqueteando-se na cozinha de minha casa. Agora era só um vulto em fuga.
Pensei rápido, embora embriagado pela sonolência.
-Onde estão minhas armas? Na ausência delas, o que posso usar para feri-lo?
Olhei em volta e nada encontrei que servisse ao meu propósito. Ele, aproveitando-se de minha indecisão, pensou que embora não pudesse ir muito longe, poderia esconder-se e talvez se necessário, lutar. Ou pelo menos vencer-me pelo cansaço.
Voltei-me à situação.
Percebi que meu adversário escondera-se numa trincheira e de lá não sairia enquanto eu não fosse embora. Foi seu erro fatal. Se eu não podia alcançá-lo e enforcá-lo com minhas próprias mãos, eu o prenderia na armadilha em que ele mesmo, néscio, se deixou cair.
Empurrei a trincheira o máximo que consegui, até ter certeza de que de lá ele não sairia a menos que uma ajuda externa lhe fosse concedida. Ri-me do meu feito e sai.
No outro dia, no mesmo horário, retornei ao local da batalha. Tudo estava calmo e som algum se ouvia a não ser dos grilos no pequeno canteiro de plantas no lado de fora. Lentamente eu puxei a trincheira ao meu encontro e, olhando para baixo, o vi já enfraquecido. Passara um dia inteiro sem comida nem àgua. O abatimento fez com que ele nem ao menos olhasse nos olhos de seu algoz. Com o que lhe restou de forças, esgueirou-se rumo ao chão e procurou um canto escuro na esperança de que eu não o visse. Tolo, eu pensei.
Tomei aquela lâmina, providencialmente posta à minha vista e o ataquei.
Ah Freud!!! Não sabes o quanto gozei aquele momento de total entrega às minhas pulsões de morte e ao desejo assassino de meu ID! Bastaram dois golpes e ele jazia com o abdomen voltado para cima e sem mais o fôlego de vida.
Dei então meu grito sádico de vitória.
-Ah!!!!!! Agora você morre filho da puta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Minha mãe acordou com um sobressalto e veio, de camisola mesmo, perguntar o que estava se passando.

-O que foi isso menino?!

Ao que respondi orgulhoso:

-Ontem eu prendi aquele rato desgraçado atrás do armário e agora eu matei ele com duas lapadas de facão!!!!


terça-feira, 23 de outubro de 2007

bom dia

bom dia, hoje se confirma uma nova máxima minha. Todas as pessoas do meu semestre na faculdade são pessoas boas, mas conviver que é foda. Não é uma piada, durante a última semana muitas coisas aconteceram.
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Desde um lunático gritando palavrões dentro de um ônibus, sem perceber o quão rude era, indignado com pessoas que passeavam pelo varjão. Uma pessoa que gritava "CARALH#" em sala de aula, pois estava revoltada com a "falta de união" de seus colegas de classe. E o atraso de um ônibus, que deve ter aparecido cerca de 4 horas depois do planejado.
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Primeiro caso, fica claro cada vez mais o lógico. Ou o lógico continua ficando escondido. Às vezes, o óbvio não é tão explícito, apesar do material totalmente explícito (ê).
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Ora, no caso do palavreado em sala de aula, sempre vejo pessoas dizerem como resposta "menina, tira o caralh# da boca". Pois bem, talvez nesse caso o conselho (que se fosse bom, seria pago) poderia ser "menina, coloque-o na boca!" pois quem sabe assim, você pára de falar, ou sorri às vezes na vida. Pois como já citado por mim em outro texto (A revolta contra a mal-amada) não me importo com as mal-comidas, mas com aquela que enche meu saco. E também podemos dizer que, no dia que união deixar de ser açucar, acho que a mesma poderia ficar calada e respeitar os outros, pois a união fará de fato alguma coisa. (como diria um bom amigo, "o melhor do ball+cat são os 15 minutos de silêncio" e às vezes, o senso-comum de tiozão acerta).
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No terceiro caso, eu posso dizer que me diverti bastante conversando hoje de meio-dia as 3 da tarde e sempre que saio com o povo da faculdade, isso se repete. Logo, não preciso reclamar dos meus companheiros de turma, mas acordar todo dia, e ter alguém que te suporte, é uma arte.
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Bom dia.

domingo, 21 de outubro de 2007

"Os Demônios", de Dostoiévski

Primeira parte

- diálogo com Kiríllov -

"-... Eu só procuro saber a razão por que os homens não atrevem a matar-se, e nada mais. Não tem importância nenhuma.
- Não se atrevem? Pois não há bastantes suicídios?
- Muito poucos.
- Acha?
Não me respondeu, levantou-se e pôs-se a passear de um lado para outro.
- Que é que, segundo você, impede os homens de se suicidarem? - indaguei.Olhou-me com ar abstrato, como se quisesse recordar-se do que estávamos a falar.
- Pouco... pouco sei. Há dois preconceitos que os prendem, duas coisas só: uma é mínima, a outra considerável. Mas a mínima também é considerável.
- Qual é essa?
- A dor.
- A dor? É assim tão importante?
- Primordial. Existem duas categorias de suicidas: uns matam-se por excesso de melancolia ou por irritação, ou por loucura, não importa. Esses fazem-no sem vacilar. A loucura não os detém, matam-se logo, agem imediatamente. Quanto aos que o fazem com reflexão, pensam demasiado no caso.
- Então existem os que se destroem por reflexão?
- São muitos. Se não houvesse preconceitos, haveria ainda mais, muito mais, toda a gente.
- O quê? Toda a gente?
Kiríllov calou-se uns instantes.
- Haverá meio de morrer sem dor?
- Imagine - respondeu ele, parando diante de mim - imagine uma rocha com as dimensões de um edifício colossal. Está suspensa sobre nós, nós estamos por baixo. Se nos caísse em cima da cabeça, chegaríamos a sofrer?
- Uma rocha dessas dimensões? É horrível.
- Não falo do medo, refiro-me à dor.
- Uma rocha tão grande... evidentemente que não sentiríamos dor.
- Mas se de facto se encontrasse debaixo dessa pedra suspensa, você teria medo de sofrer. Todos o teriam, médicos, sábios, fosse quem fosse. Sabem que não haveria dor, e no entanto assustam-se.
- E a segunda causa, a mais considerável?
- É o outro mundo.
- Alude ao castigo?
- Tanto faz. O outro mundo é bastante.
- Há ateus que não crêem nisso.
O homem calou-se de novo.
- Julga talvez por si mesmo?
- Cada qual só pode julgar por si mesmo - retorquiu ele, corando - Só existirá liberdade completa no dia em que for indiferente viver ou não viver. Eis o fim, o alvo de tudo.
- Nesse caso, ninguém desejaria viver.
- Ninguém - confirmou Kiríllov em tom decidido.
- O homem receia a morte porque ama a vida, eis como eu vejo as coisas - repliquei. - Assim dispôs a natureza.
- Logro vil! - exclamou, de olhos brilhantes. - A vida é a dor, a vida é o medo, e o homem é infeliz. Tudo é dor e medo. O homem, agora, ama a vida porque ama a dor e o medo. Criaram-no assim. Dá-se a vida a troco da dor e do medo, e eis aí o embuste. O homem de hoje não é ainda um homem. Há-de haver um dia o homem novo, orgulhoso, feliz, a quem será indiferente viver ou não; eis o homem novo. Esse vencerá a dor e o medo e será o próprio Deus. Deixará de haver outro deus.
- Mas Deus existe, na sua teoria?
- Não existe, mas é. Não há dor numa pedra, mas no medo da pedra há dor. Deus é a dor do medo da morte. Aquele que vencer a dor e o medo será o próprio Deus. Surgirá então uma vida nova, um homem novo. Tudo será novo. A história dividir-se-á em duas partes: do gorila à destruição de Deus, e da destruição de Deus...
- Ao gorila?
-...à transformação física da Terra e do Homem. O homem será Deus; transformar-se-á fisicamente. O mundo também se transformará assim como as ações e as idéias, e todos os sentidos. Que lhe parece isto da transformação física do homem?
- Se for indiferente viver ou não viver, todos se hão-de matar, e aí está a sua grande transformação.
- Nem mais. E mata-se a trapaça em que vivemos. Qualquer homem que deseje liberdade deverá atrever-se ao suicídio. O que ousar tal coisa desvendará o mistério do embuste. Fora disso, não há liberdade: está tudo aí; o que ousa matar-se é Deus, de modo que cada qual pode fazer com que deixe de haver Deus. E não haverá. Mas ninguém ainda experimentou.
- Tem havido milhões de suicidas.
- Todo por outra coisa, todos por medo, e não por isto que digo. Nunca para matar o medo. Aquele que se matar só para matar o medo tornar-se-á imediatamente Deus.
- Talvez não tenha tempo - observei.
- Não importa - respondeu Kiríllov, calmo e ufano, quase desdenhoso. - Lastimo que você tenha vontade de se divertir - acrescentou ele daí a pouco."

Solilóquios fragmentados

Sinto meu coração expandir
Quando na verdade é meu cérebro que apequenou-se
A ponto de ser-me indiferente
Viver ou Morrer
Quê fiz até hoje?
Quê posso e farei nos dias restantes?
Medíocre é o que sou!
Envergonho-me.
Não tenho coragem de vivenciar
Escondo-me pela fraqueza[...]


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Outro dia
uma mulher disse-me:
'quero que meu filho
seja igual a ti'.
Eu não sou
Literato
Científico
Artista
Filósofo
Sou/Serei apenas um solitário
Que gostaria de ter uma esposa e um(a) filho(a)

sábado, 20 de outubro de 2007

Magayver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento?

Um dia quiseram ver quem era o melhor: Magayver, Jack Bauer, ou Cap. Nascimento. Chegaram pro Magayver e falaram: A gente soltou um coelho nessa floresta. Encontre mais rápido que os outros e você será considerado o melhor! Magayver pegou uma moeda de 5 centavos no chao, um graveto e uma pedra e entrou na floresta. Demorou 2 dias pra construir um detector de coelhos em floresta e voltou no 3o dia com o coelho. Dai chegaram pro Jack Bauer e falaram a mesma coisa. Ele entrou correndo na floresta e 24 horas depois apareceu com o coelho. Pediu desculpas porque teve q desarmar 5 bombas nucleares, recuperar 15 armas quimicas, escapar de um navio cargueiro que ia pra china e matar 100 terroristas pra chegar ate o coelho. Dai pediram para o Cap. Nascimento ir buscar o coellho. Se ele demorasse menos de 24 horas ele seria o melhor. No que ele respondeu: - Ta de sacanagem comigo 05? Ce ta de sacanagem comigo ? Você acha que eu tenho um dia inteiro pra perder com essa porra de brincadeira 05 ? Tu eh mo-le-que! MO-LE-QUE 05!!! virou-se calmamente para a floresta e gritou: - Pede pra sair!!! Pede pra sair cambada!!! em menos de 5 segundos ja tinha saido da floresta: 300 coelhos, 20 jaguatiricas, 50 jacares, 1000 paca-tatu-cotia-nao, o Shrek e o monstro fumaça do Lost. Dai ele gritou: - 02, tem gente com medinho de sair da floresta, 02! - 07, traz a 12! Nisso o Bin laden saiu da floresta correndo!!!

E bota na conta do papa... =*

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Legião Urbana - Eduardo e Mônica, Uma Análise Psico-Neurótica

Dizer que sua perspectiva de mundo muda radicalmente depois que se começa a estudar psicologia é um grande clichê. Mas é sempre engraçado quando você se depara aplicando conhecimento psicológico a comportamentos que, outrora, passariam desapercebidos do crivo científico.
Outro dia eu fiquei "mentalmente" escutando uma música do Falamansa chamada Zeca Violeiro. Pra quem nunca ouviu por que torce o nariz pra forró universitário como é o caso do Alemão (aliás, eu queria saber pra que coisa o Alemão não torce o nariz), eis a letra:

Zeca Violeiro
Falamansa


Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer

Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
O seu irmão cabra macho forasteiro
Tomou três tiros no peito porque sabia viver
Zeca sabia todo mundo morre um dia
Quase sempre ele dizia:
-Antes todos do que eu!
Zeca Violeiro, Zeca Violeiro, Zeca Violeiro
Ôlelê, Zeca Violeiro
Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Zeca morava dentro de um carro forte
Não brincava com a sorte
Queria sobreviver
Se alimentava na base do natural
E como era prevenido
Tinha um quarto no hospital
Zeca Violeiro, Zeca Violeiro, Zeca Violeiro
Ôlelê, Zeca Violeiro
Zeca violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Zeca violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer
Morreu juiz, prostituta, vagabundo
Zeca sozinho no mundo aprendeu sua lição
Das mortes todas a de Zeca foi a pior
Porque Zeca morreu de solidão
Zeca Violeiro, Zeca Violeiro, Zeca Violeiro
Ôlelê, Zeca Violeiro.

Eu ouvi essa música pela primeira vez quando eu tinha uns 12 anos, mais ou menos. Naquela época, eu prestava mais atenção na minha vizinha da frente, que ainda era gostosa. Ela gostava de por esses forrozinhos e ficar dançando na varanda da casa com um parceiro invisível enquanto eu a espiava da calçada. Hoje eu ouço essa música e a primeira coisa que me vem à cabeça não é mais a Rose, que agora tem um filho e está gorda, baixinha e baranga. A primeira coisa que eu penso é em Reforço Negativo.
O Zeca Violeiro passou por uma experiência traumática (O seu irmão cabra macho forasteiro, tomou três tiros no peito porque sabia viver) e desde então passou a se comportar de modo a evitar quaisquer estímulos que, pelo menos, evoquem a idéia de morte. (Zeca Violeiro não fazia o que queria tinha medo de morrer)
A neurose de Zeca acabou fazendo com que ele se afastasse do contato social e não desenvolvesse relacionamentos afetivos. A vida de Zeca passou a ser caracterizada por contingências que envolviam comportamentos de fuga e esquiva. No final, Zeca inevitavelmente teve que enfrentar o estímulo aversivo que mais temia. E como todo ser vivo nesse planeta foi vencido por ele. Da pior forma.
Bom, mas por que eu fiz essa análise? O meu amigo Irmão Urso me passou um link muito interessante de um cara que fez uma obra de arte destrinchando os traços de personalidade dos dois "eus líricos" da canção de Renato Russo. Depois de ler o texto, a minha primeira reação foi simbólicamente nomear o autor como Membro Honorário do Confraria pois, em sua análise, ele deixa claro o que cada macho deste blog tem tentado dizer desde a fundação deste sítio. Muito embora o Mestre Wilson ainda seja o nosso mentor e modelo, o senhor Adolar Gangorra merece nossa especial homenagem pela bravíssima defesa do gênero masculino.
Por favor, leiam até o final. Tenho absoluta certeza de que vocês não vão se arrepender.

Legião Urbana - Eduardo e Mônica, Uma Análise Psico-Neurótica

domingo, 14 de outubro de 2007

sonho que se sonha só

Essa noite eu sonhei que era um x-men [plural]. Um x-man [singular] diferente, mas mesmo assim um x-men. Eu estava em um iate com os outros x-men, combatendo uns robôs, só que nós tinhamos perdido nossos poderes. Como eu disse, eu era um x-men diferente, eu carregava um balde de gelo (HAHAHA) e com a umidade do gelo/água eu fazia o meu "caminho". Eu era tipo aquele homem-gelo do filme Os Incríveis, mais ou menos aquilo. E o wolverine foi o único que não perdeu os poderes, nele, criaram duas novas garras, só que eram tortas.

E aí o telefone tocou.

Thiago Cardoso ligando..
"Alô?"
"E aí paulinho, tá dormindo?"
"Tô"
"Eu tô aqui no park shopping e queria saber se você conhece alguma loja de computador! Você sabe de alguma?"
"Aula de computador? sei não."
"Você tá bêbado, tchau"
"falo"

pi pi pi.

E eu queria ter voltado ao meu sonho dos X-men.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

o dúbio

Às vezes sinto ravia, ódio, nojo dessa nação brasileira que só quer ganhar vantagem sobre os outros, deixa tudo pra cima da hora, fura filas e acredita ser diferente de seus governantes, sem enxergar que o governo é apenas um reflexo da população brasileira. Pra tudo existe o jeitinho brasileiro. Walt Disney conseguiu enxergar esse brasileiro safado e sem-vergonha no pouco tempo que passou por aqui, criando o personagem Zé Carioca.

Essa nação corrupta e babaca que se aproveita dos (poucos) benefícios presentes em certos setores. É imprimindo apostilas inteiras no trabalho do pai (eu faço isso!), abuso na gasolina que a empresa reembouça, os 50 conto pro guarda, a sonegação de impostos, a falsa doença pra cobrir o feriadão. É esse brasileiro que abusa do irmão, e ama saber de algo 'de graça'.

Porque ninguem SE vê como um babaca aproveitador. Porque no Brasil, o meu pequeno abuso é normal. Os governantes que podem agir numa amplitude maior, que deveriam segurar a bola/freiar um pouco.

Essa nação fedorenta que reza na ilusão de um falso-moralismo-cristão, que ao pisar fora da Igreja, fecha o outro no trânsito e "taca um foda-se" (eu via isso, no estacionamento da Igreja que frequentava, todo o domingo).

Hoje em dia tudo é assim, é padre xingando criança em batizado, criança que não respeita os pais, esses que não dão limites aos filhos. E a união só existe na dispensa (o açucar) e durante a copa. E na copa todo mundo é amigo, todo mundo se ama e nada vai dar errado porque é A COPA. Até o Brasil perder e sair da copa, ai você fica triste, vê umas pessoas chorando e ri da cara delas.

Fodam-se brasileiros nojentos e podres que acreditam estar fazendo sua parte, não fazendo nada. Ou que pensam que também são vítimas desse ambiente. Mas sabe-se que somos tanto passivos como ativos nele (Skinner, 1963).
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(O bem-estar é aum ilusão à qual eu quero estar vivendo pra sempre).

Só quero que você consciente, fazendo merda, mas não se retirando da cesta de laranja podre. E que você não perca o sono por isso, viu?

Às vezes eu acredito no futuro, tenho vontade mesmo de abraçar um desconhecido. Dar bom dia na rua e ser retribuído. Mas a sociedade não é essa que vejo nas minhas histórias em quadrinho. Dos sonhos que deixo aqui.
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O honesto é o que mais sofre hoje em dia com poucas opções.

Queria mesmo dar um bom dia na rua para o desconhecido. Eu já implantei isso para os porteiros da faculdade e pros motoristas de ônibus. Mas não julgo os que não respondem.
Sei lá.

Existem muitos idealistas... Como eu poderia mudar meus conceitos, como eles, com essa sociedade que tem medo?

Mas com a violência hoje em dia... tá difícil.
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pra complementar, essa comunidade.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=21578938
(link por Breno)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

ConfrariaCorp and Business apresenta NOVOS produtos

A ConfrariaCorp and Business, braço financeiro e pilantrópico da Confraria dos Bravos, representada no mercado negro (ou melhor, no mercado afro-descendente) pelas empresas Pathos S/A (artigos escrotos) do Presidente Mister Paulera e Confraria Ltda (artigos eróticos e de patifaria) do Presidente Mister Lobinho vem apresentar os novos produtos que vão estourar (o primeiro literalmente) o catálogo desse final de 2007.

Boneco do Capitão Nascimento

Você sempre sonhou com um super-herói que usasse um linguajar chulo, frases de efeito e que fosse brasileiro nato?
Seus problemas acabaram!
Chegou o Capitão Nascimento! Com ele, o Chuck Norris e o Wolverine vão pra conta do Papa.






Um produto com a qualidade eupodiatamatando.com



Juízo e Vergonha na Cara com 12% de álcool etílico

Sua mãe vive dizendo que tá na hora de você tomar Juízo? Sua mulher/namorada está cansada de te mandar tomar Vergonha na Cara? O problema é que você nunca encontrou essas canas em boteco nenhum, não é verdade?
Pois novamente a Confraria dos Bravos tem o soluço, digo a solução para os seus problemas!





Produzido e Engarrafado (são várias e várias garrafas todo fim de semana) pela APP (Associação dos Pés de Pano).

"Se beber não dirija. Se dirigir, não estoure o pneu do carro num meio-fio".

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

santa chuva

Brasiliense não sabe dirigir na chuva (Léo) e é verdade. Eu não sei dirigir na chuva. Não sofri acidente na chuva hoje. Apesar de que algumas pessoas sofreram.



Hoje, na faculdade estava chuviscando. E eu fui embora correndo com o carro (na chuva) pra chegar o mais cedo possível em casa, totalmente imprudente. Com o vidro todo aberto, sentindo as pequenas gotas tocarem meu braço. Estacionei o carro, coloquei as chaves no bolso de trás, pq assim elas não molhariam. A mochila ficou no banco do motorista. Tranquei o carro e saí.



E corri, pulei, direcionei minhas mãos aos céus (como naquela música na rua, na chuva, na fazenda) e um puta sorriso no rosto. Correndo, pulando, disfarçando entrar em casam quando um carro passa na rua ou uma vizinha. Mas correndo, o chinelo quase indo embora com a chuva umas 3 vezes. Fui entrar em casa, mas tava muito bom. É uma energia incomparável, ainda mais pra quem está com garganta seca e os lábios ressecados.



Entrei em casa, correndo pro chuveiro e fui pro banho. Apesar de saber que deveria tomar um banho quente, não pude, depois de 4 meses tomando banho quente, não importa o quão doente em posso acordar amanhã. A água do chuveiro era gelada, mas não tanto quanto a da chuva. Mas dava pra sentir a energia fluindo, nesse orgasmo múltiplo (ui!). Mas continuou frio o chuveiro.



Saí do banho, de cueca passeava pela casa. Na cozinha, água gelada.



Águaaaaaa!



"I'm singing in the raaaain"


p.s.: agora tô cansado, como se tivesse anestesiado. A energia flui.

p.s.2.: brasília, estado de calamidade, eram cerca de 125 dias sem chover.