domingo, 6 de abril de 2008

La venganza del toro

No primeiro semestre da faculdade, num certo dia foram exibidos dois vídeos em sala. O primeiro sobre Jane Goodall, uma ativista que viveu entre os gorilas e era contra o uso de gorilas em experimentos, e o segundo era um documentário sobre vítimas da segunda guerra mundial.

Ao acabar a aula eu fui saindo e ouvi um comentário de uma menina sobre a maldade do que acontecia nas guerras, então respondi que fico muito mais triste quando um animal morre do que, quando uma pessoa morre.

Até aquele instante eu não tinha reparado que seria um erro eu ter falado aquilo, só reparei mais tarde, porque a menina voltou pra sala e repetiu as minhas palavras e aí eu ouvi o comentário que repudiava a minha opinião expressada ali.

De lá pra cá, eu reagi sobre o que foi dito de várias formas, mas no fim das contas eu não percebi meu erro naquele dia. Ao invés disso, sempre que penso no assunto, eu estou mais seguro da minha opinião.

Porém, para que ninguém venha me xingar sem saber da minha argumentação na íntegra, aqui vai a idéia que eu tenho.

Aqui vai: Um animal não mata outro animal porque sua religião diz que ele deve matar o outro, ou porque a Gestapo mandou. Eles têm um meio primitivo de exercer a hierarquia de uma raça e precisam se alimentar de outros animais.

Enquanto isso, a humanidade mata uns aos outros, impõe sua cultura sobre a outra e ninguém tá nem aí, o que importa é o petróleo, dinheiro essas coisas. De uma forma geral, nós matamos nossos irmãos e não nos importamos, já os animais são indefesos contra nossas armas, e não tem culpa disso, logo, eu, como ser-humano babaca, fingindo que não me importo, prefiro a morte de um humano ao de um animal. Porque matamos uns aos outros por meros caprichos, eles não.

Certa vez eu vi uma pessoa se lamentando porque uma criança estava muito mal no hospital. E eu indaguei porque se sentia mal por isso. Não sou uma pessoa desumana, é mais questão de ingenuidade, eu não consegui enxergar a diferença entre ser um adulto desconhecido no hospital e uma criança desconhecida. Ouvi o argumento de que uma criança era indefesa, por isso era algo triste. Tudo bem, entendi.

No mais, ninguém comprava casaco de pele humana e saia desfilando por aí. Porém, se você percebeu, eu escrevi no passado, existem informações de pessoas que vendem a pele, então quando morrem, serão feitos móveis dessa pele. Geralmente são pessoas tatuadas, dizem que uma tatuadora de brasília vai entrar nessa, Medusa. O que é verídico ou não, ninguém sabe.

No grosso, é isso.






Sobre o título, recebi ontem um e-mail de pessoas que se deram mal na Festa de São Firmino, em Pamplona, na España. O que eu acho ótimo. Não que eu seja contra os humanos, mas sou sou a favor dos animais.

LA VENGANZA DEL TORO

Um comentário:

Paskyn disse...

Não pense que as vacas não fariam hambúrgueres de nós se elas estivessem no topo da cadeia alimentar.
hahahaha!!!

Brincadeira. Por mais que eu não compactue com essa sua idéia, não dá pra não dizer que somos muito cruéis ainda com os animais. Touradas, matança de baleias, temporadas de caça são resquícios de uma época em que precisávamos bem mais de suprimento animal. Como não há mais necessidade disso, ficou somente o sadismo da tradição.
O melhor seria então fazer que nem minha mãe. Nem mesmo comer cadáveres de animais.
O problema é que eu não tolero soja.