quarta-feira, 29 de abril de 2009

Pouca sorte!

Um Cachorro Bravo escreve: Hoje me aconteceu algo muito interessante e muito engraçado. A graça foi por conta de quem me abordou, por volta das 12:30 numa blitz da polícia federal lá na BR040. Explicação da piada nº1: Policial federal me parando numa blitz, 12:30, fazendo uns gestos com os braços do tipo John Travolta em Embalos de Sábado à Noite (vídeo abaixo) indicando onde eu deveria parar.





Explicação da piada nº2: 12:30 o policial fez um gesto engraçado pra mostrar onde eu deveria parar e me cumprimenta com "Bom dia Senhor" para pedir os documentos. O cara estava realmente trabalhando, e muito puto provavelmente a esta hora.
Passada essa risadinha inicial, entreguei os documentos e aguardei sua "averiguação nos documento" pensando: putz, tomei uma multa a pouco mais de uma mês por causa de uma lâmpada safada que queimou na viagem de comemoração do meu aniversário. Só falta esse safado pedir pra eu sair e encrencar com o extintor. Que bosta! Quem vai pensar no extintor quando alguém estiver roubando o seu carro, estiver te roubando dentro do carro ou até mesmo se o carro capotar e começar a pegar fogo? Cada coisa idiota que a gente tem que engolir como lei.
Depois do "medo, cagaço e amarelão" de pensar em ter que amargar em, por baixo, R$150 mais uns 3 pontos na carteira, o policial simplesmente vira pra mim e diz: "Bem Senhor, esta tudo certo. Tenha um bom dia!"
Mas ele não disse isso com altruísmo de uma polícial que vê um cidadão honesto, digno, que paga a merda do IPVA, seguro DPVAT (pra que esta merda?) e o licenciamento (e essa então? já não basta o IPVA e o seguro DPVAT?) e se sente orgulhoso de ver que a sociedade, e porque não a humanidade, tem "jeito", diferente do "jeitinho brasileiro" (isso deveria ter me acontecido antes da prova do Moreno por Eveline). Não. Ele não me liberou satisfeito, de bom grado. Nada disso.
Eu vi o desapontamento nos olhos dele. Eu via tristeza na face de uma pessoa, às 12:30 mais ou menos, trabalhando e não tendo resultado nenhum com isso. Eu vi a mesma frustração que alguns passaram, passam ou passarão no exercício de nossa profissão ou no exercício para nossa futura profissão.
Foi isso que eu vi.
Eu ainda tentei reparar o mal que havia feito oferecendo uma olhada na caçamba. Mas não; o policial estava desolado de mais.
Seguindo o lema que um filósofo contemporâneo disse certa vez "a gente não pode dar mole para o azar", liguei o carro e fui embora, mas se fosse a policial aí de baixo eu certamente teria oferecido o extintor só pra alongar a conversa e deixar o "jeitinho" falar por si.

domingo, 26 de abril de 2009

Outono

Um Cachorro Bravo escreve:
Um tempo atrás eu recebi um e-mail daquele tipo mensagem motivacional em Power Point sobre o processo de renovação da águia. Muita gente deve ter recebido essa mensagem com um pedido final de enviar a pelo menos dez outros amigos mostrando o quanto você os ama e blá, blá blá...
Era sobre como supostamente a águia tem que, em determinada fase da vida, agir para prolongar seu tempo de vida. Ela teria que isolar-se no cume de uma montanha, quebrar o próprio bico, arrancar as garras e depenar-se. Durante este período ela seria alimentada por outras águias "companheiras" e então, depois de algum tempo, ela estaria renovada e poderia viver mais outros longos anos, com bico, penas e garras novos.
Seria uma bela história com conteúdo bastante para uma reflexão da vida e demais lições de moral de valor inestimável.
Só que depois eu descobri que um ornitólogo qualquer desses que aparecem por ai provou que essa história é uma grande bobagem, que esse comportamento jamais foi descrito em ave alguma, que a mensagem não passava de um spam romântico.
Realmente é uma pena que essa história seja uma mentira que alguém inventou talvez para levantar o moral de algum amigo e que depois se tornou um viral idiota que muitas vezes é mandado pra lixeira antes de ser aberto. Eu penso isso talvez por sentir que eu tô passando por um momento como esse, da águia de mentirinha. Um momento em que eu carrego vícios que precisam ser extintos se eu quiser me manter sobrevivendo. E talvez pra eliminar essa carga eu devesse me envolver num processo de introspecção e mutilação, uma coisa quase auto-redentora, pra que no fim eu pudesse enfrentar a vida novamente. Com novas forças.
Só que eu não consigo achar um cume de uma montanha. Todos os lugares parecem cheios e eu sinto uma asfixia excruciante.
Eu não sinto liberdade pra quebrar o meu bico. E acho que eu morro se eu fizer isso. Mantenho ele ainda que eu tenha mais prejuízos com essa manutenção do que em lançar ele fora. E eu tenho consciência disso.
E mais. Onde estão as minhas águias companheiras? De repente parece que as águias que poderiam estar me dando uma mão com isso ou estão voando a esmo ou também estão tentando se depenar. Pra essas últimas, embora eu sinta que não seria uma má idéia uma aproximação tendo em vista a similaridade da situação, prefiro deixá-las em paz pra não sobrecarregá-las com as dores do meu sacrifício.
No fim, já ciente da ficção dessa historinha, proponho uma irremediavelmente mais verdadeira. Foi o padre Antonio quem me ensinou essa.
A do caroço de manga.
Você sabe como é que se planta uma semente de manga? Não? Pois tem um segredo. Se você lançar um caroço de manga e plantá-lo, germinará um brotinho que logo em seguida vai morrer. É um aborto do mundo vegetal.
O certo, para que o broto se torne uma plantinha viçosa e depois converta-se numa árvore frondosa e frutífera, é que a semente morra antes. Você deve deixar que o caroço de manga seque completamente ao Sol. Quando ele estiver esturricado, com uma aparência cinzenta, morta, então é o momento de plantá-lo. Por que ai, por um processo que eu e o padre Antonio desconhecemos mas que provavelmente qualquer biólogo meia boca é capaz de explicar, o broto germina com força suficiente pra sobreviver.
Acho que é isso que eu preciso fazer. Morrer um pouco.
Vamo ver se eu aprendo a lição simples do caroço de manga, uma vez que a lição da águia, além de falsa e improvável é muito mais difícil de ser aprendida.

sábado, 25 de abril de 2009

tchau

saí da confraria.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Olááááááááá Enfermeira!!!!!

Um Cachorro Bravo escreve:

Quem é que não lembra?

E aí o pessoal de Medicina da UNISUL, uma das maiores universidades de Santa Catarina, resolveu fazer uma festa chamada A.S.M.A (Agarre Seu Médico Agora) e, no cartaz da festa, eles puseram uma gostosíssima enfermeira em trajes sumários. As meninas da Enfermagem não gostaram nadinha da insinuação e protestaram. Clique na imagem e veja a reportagem que provavelmente o pessoal do Jornalismo fez se cagando de rir.



link

Eu tenho a impressão de que se o objetivo dessa reportagem era dar legitimidade ao protesto das Enfermeirinhas, então ele não foi muito bem sucedido.

Talvez por que:

-A futura doutura dizer que essa inocente mocinha ae de cima bem poderia ser uma médica, eu diria que é carência de abstração;
-Não me sai da cabeça a imagem de uma doutorinha e uma enfermeirinha num arranca-rabo, esfolação e paga-peitinho em pleno corredor da faculdade;
-A declaração do coordenador do curso de medicina que parece sugerir uma orgia entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e (não!) psicólogos! Isso sem falar que ele faz pouco das afirmações da coordenadora da Enfermagem que diz que médicos assediam enfermeiras no local de trabalho ao dizer que é comum que médicos se casem com enfermeiras;
-Tenha aparecido a informação valiosíssima e oportuna de que, na história antiga, quem fazia o papel de enfermeira eram prostitutas;
-E por fim a pseudo-retratação: "Se não pudermos também agarrar bons enfermeiros para as equipes médicas, que se tornariam incapazes de atender sem o apoio de todas as profissões que compõem a área”.

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Véih! Ainda vou fazer medicina! \o/

terça-feira, 14 de abril de 2009

15

Um Cachorro Bravo escreve:
E a Confraria dos Cachorros Bravos anuncia seu mais recente contrato. Pra fazer companhia ao Davi, teremos a partir de agora mais um uenedebista em nossa matilha.
Trata-se do meu grande amigo Márcio, muito conhecido também como Sílvio. Ele é formado em Arquivologia (quem se forma em arquivologia é arquivista, arquivólogo ou arquivologista?) pela UnB, é servidor do Banco do Brasil e é uma espécie de simbiose entre o Professor Pardal, o Inspetor Bugiganga e o Santos Dumont.
Xuxu, seja muito bem vindo!

Todo mundo espera alguma coisa de um sábado a noite

Um Cachorro Bravo escreve:
Algumas semanas atrás fui convidado por uma colega de trabalho para uma festa numa chácara em Sobradinho II.
Era por volta de onze e meia da noite e eu andava a 50km por hora, com um mapa do local do churrasco no colo, quando duas mulheres saltaram na frente do meu carro implorando por socorro.

-Pelo amor de Deus! Pára! Por favor! Tem um cara querendo matar a gente!

Eu não tive muito tempo pra pensar. Olhei para trás e vi um homem jovem, claro, com o rosto sangrando e com uma garrafa de cerveja quebrada na mão. Abri a porta do meu golzinho 95, pus as mulheres pra dentro do carro e arranquei pedindo a Deus para que o carro velho aguentasse o esforço.

-Muito obrigado, moço! Você caiu do Céu!

Passei a reparar nas mulheres que socorri. A que estava do meu lado usava um vestido curto com estampa de flores. Era loira, não lá muito bonita, aparentava ter por volta de 30 a 35 anos. Suas coxas estavam com marcas vermelhas e manchas de sangue. A outra que sentou no banco de trás vestia um moleton preto e calça jeans azul. Tinha o cabelo bastante curto, estilo militar e era meio gordinha. Suspeitei que fosse lésbica.
A que estava do meu lado começou a explicar a situação:

-A gente tava numa festa com outros três caras amigos nossos. Aí um outro cara que a gente nunca viu na vida veio mexer comigo e eu não quis. Ela tentou me defender e o cara furou ela com o caco de garrafa. Ela brigou com ele e a gente correu. Os caras que tavam com a gente sumiram. Deixaram a gente sozinhas.

Tive pena das mulheres. Ainda tremia os joelhos por causa da situação. Me dirigi para o posto da polícia que eu vi logo a frente.

-O cara furou minha barriga. To sentindo o sangue escorrer. Moço, me leva pro hospital?

Eu tava perdido. Não sabia nem onde eu tava, que dirá onde ficava o hospital. Falei que as levaria para o posto da Polícia e eles saberiam o que fazer.

-Melhor mesmo mulher. Vamo ficar lá na policia. Não vamo meter o menino nisso por que ele não tem nada a ver. Obrigado moço. Deus te abençoe. Muito obrigado!

Quando eu finalmente cheguei na chácara olhei o banco de trás e ele estava ensopado, assim como alguns papéis da faculdade. Contei o ocorrido para algumas pessoas e todas elas disseram que eu fui um idiota, que podia ser um assalto ou coisa pior. A única opnião diferente foi de um amigo que eu prefiro não identificar.

- Véio! Tu foi um herói! Mas foi um babaca também! Por que tu não pegou o telefone das muié? Tenho certeza de que no outro dia elas iam querer dar pra tu!

Abusando do direito à Piada Interna

Um Cachorro Bravo escreve:

Kaká, Dani Braz e Gabriel hão de concordar comigo. Nosso estágio tá uma barra! E a professora que nos supervisiona não parece estar nos ajudando a contento.
Os desafios que temos são interessantes.
Temos um PacMan que comeu cinco pintinhos vivos (é, aqueles pintinhos que são amarelinhos e que ficam debaixo da mamãe galinha mesmo), uma mocinha sorridente que não consegue comer fora de casa, um pequeno pervertido sexual, uma pequena agressora tricotilomaníaca e uma pequena Hulk que me chama de gatinho.
Apesar de tudo isso e de todo o esforço demandando, fazendo malabarismos com os horários de atendimento e com o material disponível, toda segunda feira temos sido ameaçados com a promessa de revermos nossa supervisora novamente no próximo semestre, caso a gente não consiga completar as horas determinadas, nos moldes que ela nos impõe.
E o que é bastante contraditório é acabar percebendo que um PHD em análise do comportamento nem sempre quer dizer conhecimento apropriado de controle do comportamento. Na verdade, ironicamente, pelo menos no meu caso, a psicanálista do semestre tem dado aulas à behaviorista no que se refere ao manejo de reforços positivos e a evitação de punição. Um verdadeiro Walden II freudiano.

Conversão

Thiago
-Mas quem você acha que é Jesus Cristo?

Testa
-Ah! Eu sei que ele foi um grande líder ae que mandou os discípulos dele jogar uns aviões nuns prédios lá em Nova Iorque, né não?
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Uma semana depois
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Thiago
-Uai? Cadê o Testa? Por que ele não veio pro buteco com a gente hoje?

Bertunes
-Ele disse que ia pro culto com a sogra dele.

Thiago
-Como é que é? Sogra? Aquele viadinho careca tá namorando? Ele não é ateu? Ele não sabia quem era Jesus Cristo semana passada!

Bertunes
-Pois é. E eu achando que a Ressurreição era o único milagre que acontecia na Páscoa.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Escreveu, não leu, é analfabeto funcional

Um Cachorro Bravo escreve: A partir de hoje, todos os meus post de "quinquilharias" do You Tube terá este título, e não mais Na Prática. Isso por causa de pequena questão jurídica envolvendo imagem e muito dinheiro de um Instituto de Ensino sem fins lucrativo$.

Este novo e criativo título partiu de uma "colega" nossa, a Dani Braxxxxxxxxxxxx, ou como ela é conhecida no submundo underground da Samambajoe, Morena do Cangote.

Sendo assim, aí vai mais um "achado". Não tenho nada muito imaginativo para encher nas próximas linhas então, quem gostar comente algo que faça sentido (pedir comentário de post parece coisa do Fidel no começo do blog) com alguma área do conhecimento, o contexto geo-político do mundo hoje, alguma casta indiana, o BBB 9 e a Maíra ou simplismente nada. Quem não tiver gostado, que se foda mesmo.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Cadê o Adriano?



Um Cachorro Bravo escreve: alguém aí se lembra do Adriano, nosso professor de Teorias Humanistas?

Pois é, não sei o que ele está fazendo da vida, mas ele apareceu no Jornal Hoje. Vejam a matéria