[...] pois o mesmo é pensar e ser.
Parmênides, fr. 3.
Parmênides, fr. 3.
Conceptualizar sobre uma Língua não deixa de ser uma abordagem da manifestação cultural de um povo. Nesse sentido, a expressibilidade lingüística assume um papel crucial na identidade social. Sendo assim, a língua portuguesa não foge ao seu caráter representativo duma Cultura, e essa das mais variadas no contexto mundial.
Pois bem, tomar a língua portuguesa como desempenhativa de função social não é senão confronta-la consigo mesma – suas variações – e com outras línguas; e aqui aflora a dimensão política do uso da linguagem.
O Português é a língua oficial de vários países, e nestes há uma gama de dialetos. No Brasil, por exemplo, o falar sulista é diferente do falar nordestino; no português europeu nota-se também as diferenças dialetais, veja-se os falares de Lisboa e São Miguel que num diálogo beiram a incompreensão. São características que as regiões desenvolvem culturalmente com a linguagem. Desta sorte, não há uma língua portuguesa ideal, mas o português que nas suas diversas formas de dizer expressam a aura de um grupo de pessoas, e que se distinguem duma padronização absoluta. E certamente isso vale para os assim chamados estrangeirismos.
Ademais, o choque de civilizações é claramente um confronto de idéias, de “visões de mundo” – para usar a expressão vinda do alemão Weltanschauung – diferentes. Em última instância, o que temos são contatos culturais. Ou seria imposição cultural? A História nos testemunha que houve muitas tentativas de se impor um modo de pensar. Todavia, tiveram bastantes derrotas neste sentido. Ora, isso põe em relevo a comunicação humana. Ao “chocar-se” com outras culturas, e especificamente com outras línguas abre-se a oportunidade de incorporações terminológicas que transcriadas ou processadas antropofagicamente geram inovadores pensamentos, manifestação cultural identitária, mas sincrética. A língua portuguesa vernácula, por mais originalidade que possa oferecer, não pode se fechar em si mesma, ser imutável, já que existem línguas outras que possibilitam verter pensamentos originários, isto é, um português à lá alemão, inglês, árabe, chinês, espanhol, e por que não o português à lá português mineiro, alagoano, lisboano, açoriano.
De resto, pensar pelo português é pensar com outros idiomas, num constante diálogo intercultural, então pessoal.
Pois bem, tomar a língua portuguesa como desempenhativa de função social não é senão confronta-la consigo mesma – suas variações – e com outras línguas; e aqui aflora a dimensão política do uso da linguagem.
O Português é a língua oficial de vários países, e nestes há uma gama de dialetos. No Brasil, por exemplo, o falar sulista é diferente do falar nordestino; no português europeu nota-se também as diferenças dialetais, veja-se os falares de Lisboa e São Miguel que num diálogo beiram a incompreensão. São características que as regiões desenvolvem culturalmente com a linguagem. Desta sorte, não há uma língua portuguesa ideal, mas o português que nas suas diversas formas de dizer expressam a aura de um grupo de pessoas, e que se distinguem duma padronização absoluta. E certamente isso vale para os assim chamados estrangeirismos.
Ademais, o choque de civilizações é claramente um confronto de idéias, de “visões de mundo” – para usar a expressão vinda do alemão Weltanschauung – diferentes. Em última instância, o que temos são contatos culturais. Ou seria imposição cultural? A História nos testemunha que houve muitas tentativas de se impor um modo de pensar. Todavia, tiveram bastantes derrotas neste sentido. Ora, isso põe em relevo a comunicação humana. Ao “chocar-se” com outras culturas, e especificamente com outras línguas abre-se a oportunidade de incorporações terminológicas que transcriadas ou processadas antropofagicamente geram inovadores pensamentos, manifestação cultural identitária, mas sincrética. A língua portuguesa vernácula, por mais originalidade que possa oferecer, não pode se fechar em si mesma, ser imutável, já que existem línguas outras que possibilitam verter pensamentos originários, isto é, um português à lá alemão, inglês, árabe, chinês, espanhol, e por que não o português à lá português mineiro, alagoano, lisboano, açoriano.
De resto, pensar pelo português é pensar com outros idiomas, num constante diálogo intercultural, então pessoal.
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