De minha janela olho para a grama seca de Brasília e penso:
-Essa grama já morreu de vez.
O cerrado de Brasília tem um clima ingrato. De maio a setembro não cai um pingo de água e a umidade do ar chega a mínimos alarmantes. A gente olha para a grama e sente dó. Tem-se a impressão de que ela nunca mais irá renascer, de que está definitivamente acabada. Então um amigo se aproxima de mim e diz:
-Você não conhece a grama de Brasília. Espere cair as primeiras chuvas, e aí, de onde você acha que não existe mais nada, renascerá a grama.
Alejandro Bullón em A Procura.
Uma homenagem à esta cidade e à capacidade de renascimento, transformação, que ela inspira.
Uma homenagem à esta cidade e à capacidade de renascimento, transformação, que ela inspira.
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