quarta-feira, 30 de abril de 2008

Prioridades

Um Cachorro Bravo escreve:



Alemanha -
família Melander de Bargteheide.
Despesa com alimentação em uma semana: 375,39 Euros (500,07 dólares)



Estados Unidos -
família Revis, da Carolina do Norte.
Despesa com alimentação em uma semana: 341,98 dolares



Equador - família Ayme de Tingo.
Despesa com alimentação em uma semana: 31,55 dólares



Chade - família Aboubakar, do campo de refugiados de Breidjing.
Despesa com alimentação por semana: 685 francos (1,23 dólar).

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Quer saber por que você só fica sabendo desse tipo de coisa quando recebe um daqueles e-mails chatos do seu amigo que tem o coração mole?
É porque na televisão (e infelizmente na democrática Internet também) só se fala disso aqui:





Dos assassinos de UMA Isabella.














Dos travecos que o Ronaldo pegou.
















Do padre voador.












Quando se derem conta de que o povo não aguenta mais ouvir e ver falar desses três assuntos, eles vão desenterrrar as últimas da vagabunda da Paris Hilton ou então voltam a encher o saco da simplória Preta Gil.
Se nos debruçamos sobre inutilidades e fechamos os olhos à coisas mais importantes, podemos ficar certos de que a seleção natural se encarrega do resto.

*As fotos e as informações sobre as ceias semanais são dicas do meu amigo Michelson.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Um Último Encontro

Um Cachorro Bravo escreve:

Em noite quente tentam entender um ao outro
Discutem, interpelam, olham-se descrentes
Ela parece não ter interesse
Ele quer provar conclusões
A noite quente envolve
Bebem, mas não se embriagam
Prezam a sobriedade nessa disputa
Razões vão à mesa como acompanhamento do prato principal
Por fim deixam o silêncio falar
Esse é o juiz que decidirá se o ar será constrangedor
Ele se desculpa,
Depois de olhar para o nada por alguns instantes
Não quer forçá-la a nada
Ela lhe beija a face,
Depois de ver ternura nos olhos dele
Ela não quer laços
Finalmente eles têm algo em comum
Saem
Ele acredita que é o fim,
Mas fica na sala até o último crédito aparecer
Ela não quer magoá-lo,
Mas insiste em dizer que o ama de alguma forma

-Não vou te dar nem um beijo de despedida.
-É impossível sentir o gosto do seu desprezo pela pele do meu rosto.
-Não é seu rosto que eu quero beijar.

O encontro dos lábios é súbito, atrapalhado, áspero
O gosto lembra a primeira vez
A Lua é testemunha lívida,
Do encontro das carnes morenas
No leito, a respiração ofegante
A música doce e rouca parece diluir a esqualidez do ar
Enfim, silêncio
Enfim. É o fim?

segunda-feira, 28 de abril de 2008

prefê, pq?

Um Cachorro Bravo escreve:
Nos caixas preferenciais de banco e etc, o idoso tem a preferência em filas porque a mensagem passada é o seguinte: vai logo no caixa, pro senhor não morrer aqui.
Já no caso da grávida, a mensagem é essa: vai logo no caixa, pra você não parir aqui.
Só que além dessa mensagem, existe uma outra interpretação do subtexto aí. No caso do idoso surge a idéia de que o senhorzinho lá já viveu demais, que mal tem deixá-lo passar?!
Enquanto na grávida, eu deixo você concluir com uma historinha e uma piada:

A História

Na manhã em que eu fui fazer minha matrícula na faculdade, após duas horas de fila uma senhora gorda passa na frente de todo mundo e se declara "grávida", apesar de claramente ali só existir banha. Então criou-se uma pequena revolta lá e apareceu uma mulher fit se declarando como grávida tb. Porra, a mulher era travada, não tinha nem uma barriguinha. Só faltou ela dizer que tinha acabado de dar uma.

O que eu posso dizer?! A barraca tinha armado, a fit aproveitou e créu, e pra gordinha, só se foi com viagra. Logo, além da barraca armada de alguém, o circo tava pegando fogo. E eu sentado com cara de palhaço.

A piada

Um bêbado tava passando na praça, uma mulher grávida passa por ele e diz:
- O senhor não tem vergonha não?! Anda bêbado por aí... todo mundo sabe que o senhor bebeu demais!
E ele responde:
- E a senhora?! Anda com essa barriga por aí... todo mundo sabe que você deu por aí!

beijos.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Plim Plim


"A terapia é o entretenimento dos ricos e a televisão é o analista despreparado dos pobres".
André Dahmer.
Um Cachorro Bravo escreve:

Eu imagino uma reunião, algumas semanas atrás, num aquário da Rede Globo. Alguns figurões fazem planos para manter a liderança da emissora:

-Figurão 1: É. Não dava pra segurar o Big Brother por mais tempo. A bichona daquele psiquiatra ia foder com a credibilidade do Pedro Bial.

-Figurão 2: Mas nós fodemos com toda a credibilidade do Pedro Bial quando a gente tirou o cara do jornalismo e mandou para aquela masturbação de reality show.

-Figurão 1: Que seja. De qualquer forma a audiência até que tava boa. Quem diria que um emo e uma piauiense semi-analfabeta iriam alavancar o IBOPE da edição mais insossa dessa porcaria de programa. E então? O que a gente vai colocar no lugar do BBB pra manter nossa concessão? (leia-se entupir o povo de porcaria).

-Figurão 3: A gente pode falar mal do PT. Sei lá, encomendar um outro escândalo no governo pra revista Veja. Dizer que o Lula sabia das intenções do mosquito da dengue. O Arnaldo Jabour tá só esperando o sinal verde da diretoria.

-Figurão 1: Hum.. Não sei não. Tá meio cedo. O povo já tá de saco cheio de ouvir falar em Cartão Corporativo. Além disso a popularidade do língua-presa ainda tá muito alta. Suspende isso por enquanto.

-Figurão 4: Porra! Vai sair alguma coisa dessa reunião? São oito da noite e a gente tá perdendo pro desenho do Pica Pau que tá passando na Record!

(Entra, eufórico, um jornalista recém-contratado que estava tirando xérox pro William Bonner e fala para o figurão no centro da mesa)

-Jornalista Estagiário: Senhor! Acabou de sair uma notícia de uma menina que caiu do sexto andar de um prédio de classe média alta em São Paulo!

(Os figurões se entreolham e sorriem maliciosamente).

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Que soprem as velinhas


De minha janela olho para a grama seca de Brasília e penso:
-Essa grama já morreu de vez.
O cerrado de Brasília tem um clima ingrato. De maio a setembro não cai um pingo de água e a umidade do ar chega a mínimos alarmantes. A gente olha para a grama e sente dó. Tem-se a impressão de que ela nunca mais irá renascer, de que está definitivamente acabada. Então um amigo se aproxima de mim e diz:
-Você não conhece a grama de Brasília. Espere cair as primeiras chuvas, e aí, de onde você acha que não existe mais nada, renascerá a grama.

Alejandro Bullón em A Procura.


Uma homenagem à esta cidade e à capacidade de renascimento, transformação, que ela inspira.

domingo, 20 de abril de 2008

Cavalheiro



Muito boa! Além de um puta comediante, o cara manda muito bem no desenho.

Roubado sem o menor pudor do blog do Danilo Gentili.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

E a gente corre (e a gente corre) na BR-3...


"Um povo bunda escolhe seus representantes nas coxas".
André Dahmer

Um Cachorro Bravo escreve:

Lembrei hoje de um filme chamado E agora, meu amor? (Fools Rush In, 1996) que tinha como protagonistas a Salma Hayek e o Mattew Perry. É uma comédia romântica que conta a história de Alex, um executivo branco, presbiteriano e americano que engravida Isabel, uma fotógrafa hispânica, católica e mexicana. Ficou na minha memória uma frase dita pelo pai do Alex ao pai da Isabel durante uma discussão:

-Enquanto os meus pais lutavam para construir esta nação, os seus antepassados estavam comendo guacamole no deserto!

Embora deva-se fazer observações quanto ao preconceito demonstrado pelo personagem, de fato, o que ele disse pode ser muito bem aplicado a nós, cucarachas latino-americanos.
Geralmente eu odeio quando fazem esse tipo de insinuação, mas acontece que a situação em que eu me encontrava quando lembrei do filme obrigatoriamente me fazia sentir como um grande banana. Sozinho no carro eu ouvia a Voz do Brasil, completamente estático, enquanto enfrentava o meu terceiro engarrafamento desde que sai do trabalho.
Pela manhã, no noticiário, eu vi o Alexandre Garcia enumerando as causas do grande número de acidentes e engarrafamentos no Distrito Federal nos últimos tempos:

1º As estradas que não são estradas de verdade. São um asfaltinho de nada. (palavras do Alexandre Garcia, não minhas).

2º O aumento do número de veículos no DF, já que os financiamentos estão cada vez mais acessíveis.

3º A imperícia dos motoristas, que não sabem usar o pisca-alerta, a luz alta e nem as setas.

Tá legal. Eu concordo com a primeira e com a terceira. Mas acho um absurdo a segunda.
Então a turma do Domo de Vidro imaginou que a pobretada nunca ia conseguir aumentar a renda o suficiente para tomarem posse das vias públicas (vejam bem, públicas) fora das latas de sardinha que chamam de transporte coletivo?
Mas a idéia não era fazer crescer o bolo pra depois dividir?
Agora que começaram a dividir a porra do bolo querem culpar quem acabou de ganhar o pedaço menor e mais ralo pelas mazelas e falta de infra-estrutura do trânsito?
E justo agora que a pobretada consegue comprar um aparelho de DVD pra assistir o Piratas do Caribe pirata no conforto do barraco, um habitante do Domo de Vidro que é presidente do Banco Central decide aumentar a taxa básica de juros pra frear o consumo?

Pára que eu quero descer!

* Continuo esse post depois que eu acertar a foto da Hebe Camargo com o meu dardo que fica na porta e assim aplacar a minha raiva desse povo gracinha.


domingo, 13 de abril de 2008

Food Fight

Um Cachorro Bravo escreve:

Um dos vídeos mais inteligentes e bem sacados que eu já vi na vida. Food Figth conta a história de todos os conflitos em que os Estados Unidos se envolveram desde a Primeira Guerra Mundial.



Se você matou as aulas de História pra ficar azarando a professora de biologia, como foi o meu caso, a Enciclopédia da Confraria dos Bravos disponibiliza a legenda abaixo pra você entender.

Pretzel e Salsichão- Alemanha

Matzah (Pão Asmo)- Judeus

Croissant – França

Empanado de Peixe e batata frita – Reino Unido

Hambúrguer, batata frita, Sanduíche de frango e Nuggets– Estados Unidos

Sushi- Japão

Estrogonofe de carne – União Soviética

Kebab (espetado de carne e legumes)- Iraque, Paquistão, Palestina (Autoridade Palestina), Kuwait, Afeganistão

Bagel (pão com creme de queijo) - Israel com o apoio americano

Kimchee – Coréia do Sul e Coréia do Norte

Bolinho recheado e enroladinho de ovo – China

Sanduíche Cubano – Cuba

Rolinho Primavera – Vietnã

Falafel- Afeganistão (Regime Talibã).

PS: Muito fera a bomba atômica, a Guerra Fria e a queda das Torres Gêmeas!
PS 2: O Mohammed vai gostar disso aqui.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Era Uma Vez Flamengo

Um Cachorro Bravo escreve:

Como bom flamenguista, eu tenho que reconhecer que foi um tanto vergonhosa a maneira como o time ficou reclamando da altitude no último jogo valendo a classificação para as oitavas-de-final da Libertadores, no Peru. Aquela choradeira toda lembrava demais o Botafogo.
E como aqui no Confraria, eu tenho adotado a política de criticar religião, já que eu sou religioso, e criticar o governo, já que eu tenho simpatia pelo Lula, então nada mais justo do que sacanear com o meu time do coração.
Então caguem-se de rir ouvindo o Rodrigo Piologo, do Mundo Canibal, cantando o Hino do Mengão.

domingo, 6 de abril de 2008

Thiagos, porque não amá-los?!




Um Cachorro Bravo escreve: Assim como no ensino médio, na graduação existem muitos Thiagos que convivem comigo. Esse é um Texto homenageando esses Thiagos que existem na minha vida.



HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH, chorei de rir!





La venganza del toro

No primeiro semestre da faculdade, num certo dia foram exibidos dois vídeos em sala. O primeiro sobre Jane Goodall, uma ativista que viveu entre os gorilas e era contra o uso de gorilas em experimentos, e o segundo era um documentário sobre vítimas da segunda guerra mundial.

Ao acabar a aula eu fui saindo e ouvi um comentário de uma menina sobre a maldade do que acontecia nas guerras, então respondi que fico muito mais triste quando um animal morre do que, quando uma pessoa morre.

Até aquele instante eu não tinha reparado que seria um erro eu ter falado aquilo, só reparei mais tarde, porque a menina voltou pra sala e repetiu as minhas palavras e aí eu ouvi o comentário que repudiava a minha opinião expressada ali.

De lá pra cá, eu reagi sobre o que foi dito de várias formas, mas no fim das contas eu não percebi meu erro naquele dia. Ao invés disso, sempre que penso no assunto, eu estou mais seguro da minha opinião.

Porém, para que ninguém venha me xingar sem saber da minha argumentação na íntegra, aqui vai a idéia que eu tenho.

Aqui vai: Um animal não mata outro animal porque sua religião diz que ele deve matar o outro, ou porque a Gestapo mandou. Eles têm um meio primitivo de exercer a hierarquia de uma raça e precisam se alimentar de outros animais.

Enquanto isso, a humanidade mata uns aos outros, impõe sua cultura sobre a outra e ninguém tá nem aí, o que importa é o petróleo, dinheiro essas coisas. De uma forma geral, nós matamos nossos irmãos e não nos importamos, já os animais são indefesos contra nossas armas, e não tem culpa disso, logo, eu, como ser-humano babaca, fingindo que não me importo, prefiro a morte de um humano ao de um animal. Porque matamos uns aos outros por meros caprichos, eles não.

Certa vez eu vi uma pessoa se lamentando porque uma criança estava muito mal no hospital. E eu indaguei porque se sentia mal por isso. Não sou uma pessoa desumana, é mais questão de ingenuidade, eu não consegui enxergar a diferença entre ser um adulto desconhecido no hospital e uma criança desconhecida. Ouvi o argumento de que uma criança era indefesa, por isso era algo triste. Tudo bem, entendi.

No mais, ninguém comprava casaco de pele humana e saia desfilando por aí. Porém, se você percebeu, eu escrevi no passado, existem informações de pessoas que vendem a pele, então quando morrem, serão feitos móveis dessa pele. Geralmente são pessoas tatuadas, dizem que uma tatuadora de brasília vai entrar nessa, Medusa. O que é verídico ou não, ninguém sabe.

No grosso, é isso.






Sobre o título, recebi ontem um e-mail de pessoas que se deram mal na Festa de São Firmino, em Pamplona, na España. O que eu acho ótimo. Não que eu seja contra os humanos, mas sou sou a favor dos animais.

LA VENGANZA DEL TORO

sábado, 5 de abril de 2008

Revelação Bombástica

Um Cachorro Bravo escreve:

Lembro que numa certa manhã, alguns semestres atrás, eu havia acabado de chegar no IESB quando topei com o Gabriel, eufórico, no corredor.

-Thiago, vem comigo no laboratório de informática (os famosos cubículos) . Preciso te mostrar uma coisa!

-Que é Gabriel?

-Vem que tu não vai se arrepender.

Pegamos uma chave na coordenação e tomamos uma das salinhas. O Gabriel ligava o computador com pressa e nem olhava pra mim. Apenas dava um sorriso malicioso com o canto da boca. Ele abriu a caixa de e-mail dele e clicou num link. Em instantes eu via fotos de uma de nossas colegas mais voluptuosas (gostaram?) nua em pêlo num site adulto. Quer dizer, em pêlo não. Ela estava depiladinha.
Anos depois é a minha vez de fazer uma revelação surpreendente sobre o passado de uma pessoa que pertence ao corpo do curso de psicologia do IESB. É sobre o professor Fauzi Mansur, que leciona Teorias Humanistas, dentre outras disciplinas.
Através do CICB (Centro de Inteligência da Confraria dos Bravos) descobri que, no passado, o professor Fauzi foi diretor, roteirista e produtor de filmes do gênero pornochanchada.

Não acredita? Então comprove.

Boca Quente - Quando a Boca Engole Tudo; Não Mexe que Eu Gozo; O Inseto do Amor e (esse é o mais intrigante) O Analista das Taras Deliciosas são verdadeiros clássicos.


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Em tempo.

É só uma estranha coincidência. Na verdade o Professor Fauzi é Doutor em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e bailarino profissional, tendo trabalhado inclusive na Ópera de Zurique, na Suiça, além de ser um cara muito simpático.