terça-feira, 25 de setembro de 2007

Lemas

É bom ver que este blog, que teve um início modesto, é tudo isso hoje, sendo acessado dos pontos mais vermelhos e longíncuos do globo - ou do canto direito do monitor. Não é pouca merda não!
Por isso, quero dar início ao nosso lema, ritos inicias, oração, carta mágna, enfim, algo em consonância aos nosso pathos, lobos, bodes, poderosas, fideis, linos, morramedizinhos, léozinhos, bibis, cardosos...
Bom, vou começar logo porque o sono já tá chegando (finalmente):

Oh baaaa cacete! Oh baaaa cacete!
Da sua pele à sua lã, ao seu id seras fiel.
A sacanagem és teu guia, pois é teu dever e tua salvação...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

contos diversos II

I - obsessão para anônimos


EMO aos prantos pedindo para as pessoas deixarem a Britney em paz. Conheci o vídeo por MH (Marília, que comenta aqui)

II - aomildade¹ no meio acadêmico
Certo dia meu grande amigo, o filho de Alá, estava falando sobre o falso poder, a hierarquia que existe no meio acadêmico. Justificando que no jurídico, existe de fato um poder no caso de juízes e etc. Mas no meio acadêmico existem muitas pessoas que se acham superiores. Apesar disso ser uma ilusão. Ele pode não ter falado desse modo, mas foi isso que eu absorvi.

Aqui vai a minha contribuição para isso. No meio acadêmico convivo com pessoas que sei que nunca mais verei, são de outras cidades em torno do plano, ou outras classes sociais. Isso torna possível que nos encontremos apenas em supermercados, farmácias e padarias (para aqueles que não frequentam Delicatessen) De qualquer forma fica aqui meu recado pros narizes em pé: apesar do meio em que você conviva, pode ser considerado(a) um fodão, esse universo é tão pequeno, que deve haver cuidado quando se bate a porta com força após uma agressão verbal. Existe vida após o parto, sim.

III - Cerveja só faz bem se bebida logo, diz estudo
Nível de substâncias que previnem doenças diminui conforme idade da bebida aumenta. É melhor consumir até 15 dias após a data de fabricação, diz pesquisa. (Fonte: G1)

Acho que temos que acabar logo com o estoque de 15 dias, hoje é o último dia para prever doenças.

III.1 - e-mail auto-explicativo.
Foi comprovado em pesquisa científica que: Se você beber mais de 1 litro de água por dia, durante 1 ano, no final do ano você terá ingerido mais de 1 quilograma de coliformes fecais que estão diluídos na água, ou seja, 1 QUILO DE MERDA !! Já, bebendo cerveja... Você não corre esse risco, uma vez que esses coliformes não sobrevivem ao processo de produção da cerveja (dupla pasteurização)!!! Por isso, peço a você que comunique a todos que bebem água, que essa porra faz mal !!!. Se não quiser acreditar, DANE-SE, continue comendo merda!!! Eu, bebedor de cerveja, fiz a minha parte e avisei !!! Quem tiver consciência vai chegar a seguinte conclusão: "É muito melhor beber CERVEJA e falar MERDA, do que tomar MERDA e não falar nada!!!" Repasse para aquele seu amigo fresco, que tem aquela garrafinha azul básica em cima da mesa, e que quando bebe água fica se sentindo "o saudável".
(incrivelmente, e-mail redirecionado por talita)

IV - Ser-humano
Caso queira conhecer bem o ser-humano.
Antes de mais nada, viva.

V - Fronteiras imaginárias
Assim como o hippie, que nos dias de hoje é algo fora de contexto. O nacionalismo nos dias de hoje é uma babaquice. As fronteiras entre países são todas imaginárias. O mundo está sendo destruído e os brasileiros só olham pra Amazônia, ao invés de olhar para todo o mundo como um só. Somos todos irmãos independente de renda, religião, crença, etnia.

Somos todos carne e em breve morreremos, e querendo ou não, estátuas não existirão para nós. As heranças deixadas no mundo podem ser: um filho, uma árvore, um livro. Mas o que você irá deixar aqui será a lembrança de um sorriso ou um carro importado?!

Mas a vida de luxo é muito tentadora. Com um tio com alto pode, visto que em Brasília chamamos os pais de amigos de tios/tias, eu aprendi que existe a possibilidade de ter dinheiro e ser humilde. Ter dinheiro, mas não tê-lo como o centro de sua vida. Obrigado tio.

VI - A previsibilidade do ser-humano adestrado
O ser-humano é previsível. Independente do modo como ele atue sobre o ambiente. Simplesmente porque até o imprevisível se torna 'normal' em atuar assim. E aí a gente espera que sempre ocorram algumas maluquicezinhas (ou ataques, estouros, jantares românticos surpresa, dependendo do imprevisível e da sua relação com ele)

VII - Irreal e imaturo
O irreal seria no caso da pessoa que nem tenta enxergar a vida do outro pelo olhar dele (aceitação). O que é normal onde vivemos, no ambiente normal, mas não deveria para a classe a qual tentamos seguir carreira (que não seja uma carreirinha de coca qualquer).

E o imaturo está aqui pelo erro de categoria que apresenta. Por ser algo que só se define por si. A circularidade, sim?! Quando entramos em uma área, estudamos algo específico, temos o poder que existe dentro desse ambiente (poder não se refere a hierarquia) mas também ficamos cientes das falhas daquela área. E isso decepciona.

O que é imaturidade? É o menino que não leva o lixo pra fora ou o que prefere o video-game ao invés da tabuada?

vômito cerebral.

VIII - Explosão
Às vezes eu estou com a cabeça cheia que acho q irei explodir. baH.




*&¨¬ *&¨¬*&¨¬*&¨¬ Considerações *&¨¬*&¨¬*&¨¬*&¨¬

aomildade¹ - fonte: Carro Velho - O rei do elogio. (abaixo)


²O segundo post carregando esse título está errado pq nao existem contos aqui, mas de qlq forma. Continuará com esse título.

³Os textos foram resultados de vários diálogos, ou elaborados sozinho mesmo. O filho de Alá pode elaborar melhor o Fronteiras Imaginárias.

4
- não vou revisar o texto, o que me trará incômodo no futuro quando eu perceber que existem erros. Deixa pro futuro então.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Evolução? (Parte II)

"Esse mundo é um barco de merda navegando num oceano de mijo soprado por um vento de peido".

Um conhecido cientista italiano está causando grande polêmica na Itália depois de ter apresentado uma teoria dizendo que a espécie humana está caminhando para o bissexualismo. Durante uma conferência neste fim de semana na região da Toscana, Umberto Veronesi, que é médico e ex-ministro da Saúde, afirmou que a espécie humana deve caminhar para o bissexualismo "como resultado da evolução natural das espécies". "O homem está perdendo suas características e tende a se transformar numa figura sexualmente ambígua, enquanto a mulher está se tornando mais masculina. Desta forma a sociedade evolui para um modelo único", afirmou Umberto Veronesi, que é oncologista. (leia a reportagem na íntegra)

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Eu já tinha falado aqui no Confraria sobre essa tendência eufemizante (outro neologismo?) que assombra o gênero masculino e da masculinização crescente da mulher.
Pra quem não viu ou então quer lembrar, tá aqui.
Só que ler essa reportagem me fez refletir o quanto a ciência pode colaborar para a degeneração do homem. (viu Bertunes, eu também consigo ver que a ciência mediocre pode ser tão podre quanto o jornalismo fuleiro) Eu não sou mais tão homofóbico quanto eu costumava ser. Mas nessas horas eu fico pensando se o grande filósofo e profeta Falcão não acertou na mosca, quer dizer, na libélula.


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A sociedade não pode viver sem as pessoas
Falcão

"É preciso estar sempre muito alerta
Para entender a ética das altas rodas
E não é preciso ser nenhum Nostradamus
Pra saber que a bem poucos anos
Quem não for viado não vai estar na moda
Porque a sociedade é dinâmica
E pensa que o futuro é pra frente e o passado está morto
E não importa nem que você seja perfeito
Mas que pelo menos deixe de preconceito
E passe doravante a também queimar o ordo
Porém eu sei que isso é só filosofia
De uma gente que vive o dia-a-dia
Procurando um jeito de nos transformar
Mas eu duvido que comigo essa moda pegue
Pois até para fazer um simples exame de fezes
É preciso quatro homens pra me segurar".

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

a revolta contra a mal-amada (Censurado)

Uma das minhas revoltas nos dias de hoje é a mulher. O título está errado, na verdade é a mulher que não se ama. Não vejo problema em uma mulher que não tem parceiro, se ela não for mal-humorada, tudo bem pra mim.

Acho horrível quando a mulher não se conhece. Isso mesmo: NÃO SE CONHECE.

Tristemente, ainda nos dias de hoje vejo muitas meninas/moças/mulheres que delegam o prazer de seus corpos para outras pessoas. Meninas que vêem a masturbação como algo nojento/errado. Mas possuem um relacionamento com um rapaz/homem, e mantêm relações sexuais com o mesmo. E até aí, tudo bem?! Você poderia responder "claro, tá tudo bem sim!".

Pois é, mas a questão é essa: não está tudo bem. Não mesmo.

Porque pra uma menininha assim, como citado anteriormente, o prazer de seu corpo está TODO sobre o homem. E aí não há um esforço dessa moça pra fazer algo, melhorar a qualidade do sexo no casal.

E o homem vai perceber, quando o sino bater e a hora chegar, que uma menina que tem esse traço na personalidade (hahaha!) vai se sentir satisfeita em deitar-se e falar "vem tigrão!" (HAHAHA!) e só. E acreditar que essa é a função dela = fazer nada.

O pior pensamento que pode ocorrer ao estar com uma mulher inexperiente é: putz, com a minha mão eu seria bem mais feliz.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

espontâneo

seja espontâneo (nao instantâneo)
não julgue, viva.
se tem vontade, faça
sem receios do q pensarão.
seja livre.
leia, durma, ronque,
sonhe alto,
não faça o dever de casa.
fale um palavrão com gosto.
dê um abraço.

passe mal de tanto beber e diga que nunca mais irá repetir aquilo.
mas repita.

conte os seus segredos. Amanhã não valerão nada, mas hoje eles livrarão o seu coração de angústia.

Aproveite muito, pra chegar com o corpo todo acabado aos 40 anos e lembrar e todas as orgias que você participou. as festas. coma porcaria no café da manhã.
Os luais, os namoros, as conversas sérias com o papai que eu sei que sentirei falta.
As risadas. As rodinhas com o violão. Os dias de solidão.
os problemas cardíacos causado por pessoas que saem da nossa vida (algo que ocorre com todos nós)

seja expontâneo.
o importante é você se sentir bem.
sem se travar demais.

Isso aqui ficou um texto que parece cópia do filtro-solar. Mas a mensagem é simples:

Seja Espontâneo. (e aí já começa o texto outra vez)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Ohh! Lindinhos da Kaka


Já que reclamaram que eu nunca escrevo nada por aqui, e para dar um toque feminino a este querido blog, decidi colocar uma foto liiiiiinda de hoje (nossa produtiva ida ao Varjão)! hohoho

Beijinhos da Kaka
,,
*

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

ah! o verão!

A melhor poesia sobre verão!!!!!!
curtam! não é meu ... é da propaganda da skol...isso mostra que mesmo a cana ajuda na arte! Isso me faz refletir bastante... não a cana em si... mas esta poesia!tipo...aproveite a vida!

"Ah... O verão!!!
Dizem que é a estação da perdição...
É por que é no verão que vc faz tudo aquilo que vai contar para os seus netos, bisnetos e tataranetos um dia!!!
Dormir de cueca, dormir de calcinha é só no verão!!!
Viajar para montanha, para cachoeira, para o balneário é só no verão!!!
È no verão que o amor floresce...
O amor a preguiça...
Amor ao sol...
Ou até mesmo o amor a uma sirigaita ou a uma dúzia de sirigaitas
Porque não???
Seja otimista, rapaz!!!!
Vai contar o que para o neto????
Que ficou jogando... o dominó!!
Não!!
Vai contar que pulou da pedra...
Comeu churrasco...
Deu cambalhotas...
Essas coisas, que a gente só faz no verão
Ah, o verão...
O verão é agora e tá redondo!!!! yeah yeah!!!"

A Palavra

Bem senhores, venho tardiamente estrear minha participação no blog, mas como sempre dizem que "antes tarde do que nunca", vamos lá.
Meu primeiro post eu gostaria que fosse sobre política ( só pra afrontar meu amigo T. Cardoso) mas um texto que li na web esses dias me chamou mais a atenção.
Senhores venho aqui propor e questionar a todos os estudantes o quanto vale a sua formação moral, sua opinião e o seu caráter? Antigamente (diga-se de passagem há muito tempo atrás) o homem se valia pela sua palavra, pelo dom de cumprir sua promessa, pois o que não o fazia não era considerado como tal pela sociedade, e até mesmo por uma questão de honra, até mesmo as camadas mais baixas da sociedades (e até entre os bandidos) se valiam pela palavra dada. Este texto escrito por Mário Persona, fala um pouco desses valores que o ser humano perdeu ao longo do tempo, mas que, não duvido que existam pessoas que ainda sigam princípios morais.


Três reais

por Mário Persona *

O táxi que me levava ao aeroporto era dirigido pela tartaruga em pessoa. Não que o motorista fosse lento. Não era. Apelidei-o de "tartaruga" só por ser enrugado e vivido.

E também por lembrar a tartaruga da fábula de Esopo, "A lebre e a tartaruga", recontada por La Fontaine, onde não é a autoconfiança que vence, mas a perseverança que vem do reconhecimento das próprias limitações. O motorista era assim. Velho e calejado de erros que não se preocupava em esconder.

De vez em quando faz bem encontrar alguém consciente de suas próprias falhas, de seus limites, e que não acredita tanto assim em si mesmo. Não, você não vai ouvir de mim a frase "acredite em si mesmo". Acreditar mesmo, só em Deus, que não pode falhar.

Todas as vezes que me empolguei e acreditei em mim mesmo descobri depois que eu estava mentindo para mim com o objetivo de me manipular. Acha estranho? Quando você se vir frente a frente consigo mesmo vai entender.
Depois de uma certa idade a gente começa a aprender o que é o ser humano -- e mais particularmente o "eu humano". Começa a entender que covardia, miopia, orgulho e mentira são acessórios que vêm de fábrica, prontos para usar. Qualquer pessoa tem potencial para falhar.

O problema é que tentamos nos convencer de que não falhamos e -- já que em todo crime sobra um corpo -- passamos a nos explicar e a procurar alguém para culpar, na tentativa de tirarmos o corpo fora.
Quando vira hábito passamos a vida procurando alguém pior para podermos nos comparar. Então o que bebe explica que não toma drogas, o viciado avisa que não rouba e o ladrão diz que não mata. Vai me dizer que você nunca se explicou assim?

Um pouco antes de entrar no táxi eu tinha trocado alguns minutos de prosa com alguém com o mesmo número de anos daquele motorista, mas que enxergava um mundo onde todos erravam, menos ele. Não que o motorista pensasse o contrário ou achasse todo mundo bom, menos ele. Na verdade ele não nutria ilusões acerca de pessoa alguma, ele incluso.

Ex-policial, contou do tempo em que era mandado participar, à paisana, de manifestações. Seu papel era distribuir bombinhas para assustar os cavalos da polícia e instigar manifestantes pacíficos a ficarem violentos. O objetivo? Fazer o pau comer para justificar o cassetete amplo, geral e irrestrito. Evidentemente ele saía antes.

Em outras ocasiões infiltrava-se em reuniões de manifestantes para descobrir quem estava patrocinando, só para descobrir o próprio governo por trás da manifestação daquele bando de manipulados que acreditava fazer oposição.
E foi depois de confessar que cumpria ordens das mais imorais, que contou ter transportado, no dia anterior, um passageiro costumeiro naquele trajeto até o aeroporto. Quando o passageiro -- um advogado do tipo lebre, apressado e autoconfiante -- reclamou da corrupção, o calejado motorista retrucou que corruptos todos somos.

Do alto de seus 26 anos de idade, o pequeno doutor se defendeu afirmando ser incorruptível, de reputação ilibada, lisura profissional imaculada, lhaneza no trato, e mais uma dúzia de adjetivos que mais se atribui quem menos tem.

Antes que o motorista pudesse explicar por que considerava todos -- inclusive a si próprio -- corruptíveis, tinham chegado ao destino. Depois de receber pela corrida, o motorista entregou ao advogado um cartão com uma sugestão:
-- Ao invés de chamar a Central de Rádio-Taxi, da próxima vez ligue direto para mim que vai economizar três reais, que é o que a central está levando nesta corrida. A gente faz o negócio por fora e a Central nem precisa saber.

-- Ótimo, vou fazer isso -- respondeu o advogado interessado -- É sempre bom economizar algum.

-- Bem, agora que já o convenci a chutar a Central para escanteio, como eu estava dizendo, que todos somos corruptos não resta dúvida. O que varia é o preço. No seu caso, três reais. Tá muito barato, doutor.

domingo, 2 de setembro de 2007

Idiota

A vívida vivência duma vida é mesmo uma excedência. Temos de sermos excessivos para suportar a excessividade da “realidade”. Exceder-se, pois que o mundo que aflora ante você não é senão excessivo. Vejamos, quando menos esperamos somos pegos por situações dramáticas. Em uma roda de pessoas que se tem certa aproximação de amizade vê-se quão são os vários sentimentos convergentes: amizade, amor, paixão, tesão, repulsa, indiferença, medo, receio, vergonha; pois é, numa convivência julga-se conveniente disciplinar a emergente excessividade humana. Todavia, o certo é que ao disciplinar-se pagamos muito caro.
A disciplina (sophrosyne) é vista como símbolo da racionalidade. Contudo, o disciplinado não deixa de ser um atormentado, frustrado, reprimido, tolhido, mascarado, enrustido, alienado. Quando você pegar sua esposa ou esposo trepando com um(a) amante, qual atitude tomará? Ao saber que a mulher que tu amas tem medo de ti, o que fazer? E se você é louco(a) de tesão por tua(teu) irmã (irmão)? Se sente nojo de seu filho? Se seu pau não fica mais duro, sua barriga está enorme, a bunda caiu, a pele enrugou, e então? Um disciplinado tem boas respostas?
Decerto, o mundo não é um kosmos. O mundo do ‘homem humano’ é vitalmente chaos. A degenerescência humana escandaliza a razão, pois que ser humano é ser solícito de desejos e impulsos violativos dos limites disciplinadores. Notemos bem, não se estar reduzindo o humano; o que está sendo dito é que diante do excessivamente real não se pode furtar o excesso, a violação (hybris); a contradição funda a vida.
De resto, sou um idiota por não exceder a excessiva vivência duma vívida vida gratuita, contradita e contraditória, heterogênea e heterônima. Isso, visto que fui um disciplinado quando mais precisei exceder-me.

A maçã
Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar
Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais
Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar
Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais
O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar
Raul Seixas e Paulo Coelho

sábado, 1 de setembro de 2007

o relacionamento afetivo como um produto

nos dias de hoje é muito comum enxergar um parceiro como um produto como o carro. veja a seguir.


- rapaz, tô com uma mina, te contar viu?!

- po, massa, modelo novo?

- ah, modelo mais ou menos.. é semi-novo

- tem acessórios?

- pô, tem.... airbag...

- interessante, 2 airbags?

- é, mas é sedan tb!

- bom hein, cara?

- não, nem tanto também né.. to com uma dificuldade com a trava elétrica e os freios. essas modernidades, às vezes estou andando no carro, passando a marcha pra esticar um pouco e aí ele freia bruscamente. sozinho. aí o carro morre, o motor esfria. isso pq ele demora pra esquentar... tenho que ligá-lo uns minutos antes de querer usá-lo.

- mas vc fez a manutenção de férias?

- fiz claro, apesar de não ter rodado 30 mil km ainda, fiz a revisão de férias, mas hoje em dia só faço o mesmo trajeto sempre. chega a ser sem graça. boto na garagem toda a noite e tiro todo dia de manhã. vou pro trabalho, é isso. percebi que não tem mais nada novo pra me oferecer não.

- que pena ouvir isso, cara...

- é, a única coisa q mudo é a trilha sonora. mês que vem vou fazer um tunning nele, trocar as rodas, rebaixar.