sábado, 1 de setembro de 2007

o relacionamento afetivo como um produto

nos dias de hoje é muito comum enxergar um parceiro como um produto como o carro. veja a seguir.


- rapaz, tô com uma mina, te contar viu?!

- po, massa, modelo novo?

- ah, modelo mais ou menos.. é semi-novo

- tem acessórios?

- pô, tem.... airbag...

- interessante, 2 airbags?

- é, mas é sedan tb!

- bom hein, cara?

- não, nem tanto também né.. to com uma dificuldade com a trava elétrica e os freios. essas modernidades, às vezes estou andando no carro, passando a marcha pra esticar um pouco e aí ele freia bruscamente. sozinho. aí o carro morre, o motor esfria. isso pq ele demora pra esquentar... tenho que ligá-lo uns minutos antes de querer usá-lo.

- mas vc fez a manutenção de férias?

- fiz claro, apesar de não ter rodado 30 mil km ainda, fiz a revisão de férias, mas hoje em dia só faço o mesmo trajeto sempre. chega a ser sem graça. boto na garagem toda a noite e tiro todo dia de manhã. vou pro trabalho, é isso. percebi que não tem mais nada novo pra me oferecer não.

- que pena ouvir isso, cara...

- é, a única coisa q mudo é a trilha sonora. mês que vem vou fazer um tunning nele, trocar as rodas, rebaixar.

Um comentário:

Davi Rômulo disse...

Não é pra menos, já que se relaciona pelo que se têm, não pelo que se é.