segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sabedoria e Compaixão: Buda

Frase que levo...


"A vida é tão efêmera como a flor da cerejeira que se desprende da árvore."

Esta frase está comigo desde que comecei a ler a Doutrina de Buda. Muito interessante. A vida ,mesmo bela, tem seu começo e seu fim. Com o tempo, retorna a seu ciclo de nascimento e morte. No final das contas, Buda ensina que não existe vida nem morte, nem começo nem fim. Apenas o tudo e o nada... o Tao, o absoluto.
Recomendo a todos lerem. Buda ensina que o homem sofre pois se apega ao prazeres mundanos. "Sofremos porque não temos", "sofremos porque temos" e "sofremos porque perderemos". Aquele que entende as palavras de Buda não sofre, pois sabe que tudo é passageiro, transitório. Um dia de fortuna , um dia de azar, um dia de amor, um dia de ódio. Tudo passa. A vida é uma grande ilusão. Assim, entendendo esta palavra a grande lição é: não se apegue, pois tudo é transitório e haverá sofrimento desnecessário. Achei muito interessante este pensamento. Buda explica que nosso desejos são como um homem após utilizar um bote para atravessar o rio. Carrega o bote na costa e se dirige ao deserto, crendo que se precisar do bote poderá utiliza-lo. Porem no meio do deserto não ha utilidades a um bote. Por isso carrega este fardo por não conseguir se desapegar ao bem material e sofre com o peso que carrega. este pensamento vai de contra nosso pensamento ocidental. Principalmente sobre a morte. A morte faz parte da vida de todo ser. Por que o homem tem medo? Porque
vai perder algo... assim teme em perder e sofre. Apartir do momento que entendemos que não existe perda pois tudo é transitório, da mesma maneira que nasci e morrerei e que isso faz parte da natureza devo temer algo? Devo sofrer? No ocidente vemos a morte como a grande inimiga. Por que, se faz parte da natureza? O medo do desconhecido? Não creio que seja isso. Pois o fato é para todos. Sendo assim, por que há o despreparo de lidar com a morte? Buda ensina que a sabedoria e a compaixão são valores que auxiliam o ser humano a atingira Iluminação, psssando por cima de tudo, especialmente a morte.
Ultima coisa:
No Budismo não há deuses ou predestinações.O homem decide de acordo com as causa e as circunstancias que vive.

Esta é uma pequena reflexão. Proximo livro: Krishna ou Gita

OBS:
Para informar a todos: continuo sendo muçulmano. Graças ao bom Allah. Leio... pois busco a sabedoria de diversas maneiras e diversos lugares. Assim segundo o profeta Muhamed, que a paz de Allah esteja com ele: "Aquele que busca sabedoria busca o caminho de Deus".

2 comentários:

Davi Rômulo disse...

Acredito que o problema, para nós ocidentais, não seja tanto a morte, é mais propriamente o fardo da vida – em que pese a dramática-trágica-cômica vivência humana.
O temor não origina-se da “naturalidade” mortal, mas da recusa perplexa, de uma trans-naturalidade inegavelmente humanística.

“Esta vida é um hospital,
Em que quase tudo falta.
Nunca ninguém se curou
E morrer é que é ter alta.”
Fernando Pessoa

“Ah, ela é real. É a única coisa real.
A dor. Falemos, pois, a verdade, como homens.
Nascemos para a alegria, e a alegria se torna dor.
Nascemos para a esperança, e a esperança se torna dor.
Nascemos para o amor, e o amor se torna dor,
Nascemos para a dor, e a dor se torna mais
Dor, e desse inesgotável superfluxo
Damos dor aos outros com nossa primeira definição.”
Robert Penn Warren, “Brother to Dragons”

Paskyn disse...

Realmente, a praga da nostalgia.
É difícil demais deixar pra trás certas coisas que o coração insiste em carregar, como se cumprisse uma penitência. São memórias, pessoas, amores, objetos, mágoas, alegrias e mesmo sucessos passados que trazemos vez ou outra à tona como que buscando uma espécie de consolo ao enfrentar o futuro ou desculpa pra não enfrentá-lo.
Descondicionar é preciso!