segunda-feira, 24 de março de 2008

Rafinha x Gysele

Quando foi que eu deixei você entrar na minha vida, me tirando do centro, me deixando horas seguidas acordado sem saber o que vai acontecer com o dia de amanhã?!

Eu até agora pouco imaginava ter o controle da minha vida. O exposto imposto, esse que é um evento público, mas não deixa de ser uma parte minha. Independente ou não de um todo, de uma cultura, esse núcleo está aqui. E foi assim, em 2006 que tudo mudou.

Foi quando o Bussunda morreu que eu vi quão estranha era essa pequena partícula de sofrimento que senti com a ausência de uma pessoa tão presente ali, na tela da tevê. Apesar de não ver mais o seu programa há anos, eu senti sua falta naquele momento, um comediante sem nenhuma ligação pessoal comigo, além de seu modo sincero que fazer rir ao interpretar o Ronaldinho.

Quantas vezes não fiquei acordado pra ver algo na tevê, e o quão aquilo fazia parte da minha vida. Achei que tinha deixado isso na adolescência, quando disse pra mim mesmo que “ao morar sozinho eu não teria televisão em casa”. Pensando num futuro sem televisão, esquecendo de um passado em que essa me acompanhou tanto nas madrugadas assistindo o programa do Jô. Lembro do choque que tive quando ele saiu do SBT pra ir pra Globo, e no final das contas não mudou nada. Assim como também fez o Serginho Groisman. Pra um menino que estudava a tarde, o problema de sono poderia ter várias causas apontadas claramente. Desde o fato de eu acordar tarde até a deficiência nas relações sociais, ou o excesso de tempo dedicado à televisão, pois assim era minha vida. Desenho matinal, lembro-me da época de ouro da globo, que pra mim era assistir ao desenho do Samurai X toda manhã, que logo depois parou de exibir.

Numa das semanas passadas o professor começou a aula falando algo do tipo “a Juliana saiu do big brother, mas vamos começar a aula”.

O quanto a tv influencia na sua vida?

O que quero dizer é: Hoje você vai votar no Rafinha ou na Gysele?


No Rafinha.



P.S.:
Não vou ler para saber se tem erros no texto.
Faz tempo que não posto aqui.

Um comentário:

Paskyn disse...

Caramba!
Que bom que cê resolveu bater o cartão. Eu já tava com saudades.
Quando o Bussunda morreu eu senti o mesmo aperto na garganta de quando a Cássia Eller e os Mamonas passaram dessa. Com os Mamonas foi pior. Eu cheguei a soluçar de tanto chorar.
Mas eu penso que a televisão tá ficando obsoleta.
Daqui a um tempo vai ter muito marmanjo caindo no choro se o blog da Bruna Surfistinha sair do ar. Que nem eu cai no choro quando a Tv Colosso foi à falência.