A Terapia é o entretenimento dos ricos e a Televisão é o analista despreparado dos pobres.
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Psicopata é uma pata com doença mental.
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domingo, 25 de fevereiro de 2007
sábado, 24 de fevereiro de 2007
Confraria sf. 1. Irmandade (2) Sociedade, associação. (Aurélio)
Era uma vez uma cidade.
Nessa cidade havia pessoas muito diferentes. Era uma cidade muito populosa. Apesar de diferentes, física e moralmente, essas pessoas falavam um idioma. Contudo, não era só a língua que era comum à essas pessoas. Os habitantes dessa cidade estavam com medo de serem destruidos por uma inundação. Andavam todos os dias com as feições pálidas, tomadas pelo pavor.
Um dia alguém teve uma idéia:
-Vamos contruir uma torre, mas tem que ser uma torre bem alta. Assim nós iremos alcançar o céu e a inundação, se acontecer de novo, não vai nos destruir.
As pessoas recuperaram as esperanças. Trabalharam duro. Convocaram os melhores engenheiros e reuniram o melhor material para a construção do edifício.
Mas algo inesperado aconteceu. O céu antes ensolarado e plácido começou a escurecer e, em pouco tempo, estava negro e denso. Parecia que era possível tocar o ar. Trovões retumbaram e raios cortaram o céu. Um vento muito forte se arremeteu contra a cidade e fez o alto da torre, ainda inacabada, desabar. O temporal forte destruiu o que sobrou.
Após o sinistro, as pessoas cercaram os escombros desoladas. Olhavam-se umas às outras mas não sabiam o que dizer. De repente perceberam que já não eram capazes de falar o mesmo idioma. O engenheiro que antes comandava todos os pedreiros, agora só era capaz de entender o marcineiro. O pedreiro só entendia a dona da hospedaria e os filhos dela. O agricultor só conseguia falar com o leiteiro e o boiadeiro só entedia a própria família.
Diante disso, eles resolveram se separar. Formaram grupos que se entendiam entre si e constituiram tribos. Cada uma escolheu um caminho e seguiu por ele.
A cidade foi então abandonada.
O que quero dizer com isso? Não basta um idioma para se tornar um povo, nem tampouco é suficiente ter um objetivo em comum. Isso não é capaz de unir por muito tempo. Coerência e união, de fato, só se constroem com respeito às diferenças. Mais que respeito, é preciso esforço. Compreender, no sentido de tornar o outro parte do conjunto do nosso conhecimento, pode ser tarefa inglória e quiçá, impossível. Aceitar também não é suficiente. Um sábio uma vez disse que aceitar a diferença pressupõe uma relação de superioridade do aceitador sobre o aceito. O senso de igualdade que ora almejamos deve ser fruto de árduo trabalho, de quebra dolorosa de preconceitos e vontade de amar.
Essa Confraria, apesar de não ser um ideal de perfeição, representa, ao menos pra mim, um bom exemplo desse esforço.
Nessa cidade havia pessoas muito diferentes. Era uma cidade muito populosa. Apesar de diferentes, física e moralmente, essas pessoas falavam um idioma. Contudo, não era só a língua que era comum à essas pessoas. Os habitantes dessa cidade estavam com medo de serem destruidos por uma inundação. Andavam todos os dias com as feições pálidas, tomadas pelo pavor.
Um dia alguém teve uma idéia:
-Vamos contruir uma torre, mas tem que ser uma torre bem alta. Assim nós iremos alcançar o céu e a inundação, se acontecer de novo, não vai nos destruir.
As pessoas recuperaram as esperanças. Trabalharam duro. Convocaram os melhores engenheiros e reuniram o melhor material para a construção do edifício.
Mas algo inesperado aconteceu. O céu antes ensolarado e plácido começou a escurecer e, em pouco tempo, estava negro e denso. Parecia que era possível tocar o ar. Trovões retumbaram e raios cortaram o céu. Um vento muito forte se arremeteu contra a cidade e fez o alto da torre, ainda inacabada, desabar. O temporal forte destruiu o que sobrou.
Após o sinistro, as pessoas cercaram os escombros desoladas. Olhavam-se umas às outras mas não sabiam o que dizer. De repente perceberam que já não eram capazes de falar o mesmo idioma. O engenheiro que antes comandava todos os pedreiros, agora só era capaz de entender o marcineiro. O pedreiro só entendia a dona da hospedaria e os filhos dela. O agricultor só conseguia falar com o leiteiro e o boiadeiro só entedia a própria família.
Diante disso, eles resolveram se separar. Formaram grupos que se entendiam entre si e constituiram tribos. Cada uma escolheu um caminho e seguiu por ele.
A cidade foi então abandonada.
O que quero dizer com isso? Não basta um idioma para se tornar um povo, nem tampouco é suficiente ter um objetivo em comum. Isso não é capaz de unir por muito tempo. Coerência e união, de fato, só se constroem com respeito às diferenças. Mais que respeito, é preciso esforço. Compreender, no sentido de tornar o outro parte do conjunto do nosso conhecimento, pode ser tarefa inglória e quiçá, impossível. Aceitar também não é suficiente. Um sábio uma vez disse que aceitar a diferença pressupõe uma relação de superioridade do aceitador sobre o aceito. O senso de igualdade que ora almejamos deve ser fruto de árduo trabalho, de quebra dolorosa de preconceitos e vontade de amar.
Essa Confraria, apesar de não ser um ideal de perfeição, representa, ao menos pra mim, um bom exemplo desse esforço.
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